DestaqueUOL

Violência e intimidação marcam campanha eleitoral na França: mais de 50 agressões físicas e ameaças de morte preocupam autoridades.





Jornalismo

Violência marca as eleições na França

Na última sexta-feira, o ministro do Interior Gérald Darmanin revelou um preocupante número de agressões durante a campanha eleitoral na França. Segundo ele, 51 candidatos ou militantes foram agredidos fisicamente, incluindo a porta-voz do governo, Prisca Thevenot, que foi vítima de um ataque ao colar cartazes pela cidade. Quatro pessoas foram detidas em relação a esses incidentes, e o primeiro-ministro Gabriel Attal afirmou que “violência e intimidação não têm lugar na democracia francesa”.

No entanto, as agressões não se limitaram a esse caso. Na última quinta-feira, um político do movimento de esquerda foi agredido em Grenoble, durante uma atividade de campanha. O Ministério Público solicitou que o agressor, acusado de atacar o vice-prefeito de La Tronche, fosse colocado sob supervisão judicial.

Outros casos de violência foram registrados em todo o país, incluindo agressões com golpes e socos, e até mesmo com cunho homofóbico. Em Paris, uma equipe de distribuição de material de campanha foi agredida por membros da extrema direita, que prometiam “acabar com a esquerda”.

A Reunião Nacional, partido de extrema direita, também denunciou atos de violência contra uma de suas candidatas na região de Savoie. A líder do partido, Marine Le Pen, afirmou ter sido alvo de insultos durante uma visita a um mercado.

Ameaças de morte: lista de pessoas a serem eliminadas

Observadores apontam que a violência nestas eleições francesas atingiu uma dimensão inédita nos últimos 50 anos. Esta semana, cerca de 70 advogados abriram uma denúncia em Paris contra um grupo de extrema direita que publicou uma lista de juristas que deveriam ser “eliminados” em um site.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo