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Pesquisa do Procon-SP revela diferenças de até 685% nos preços de medicamentos genéricos e de 134% nos de referência.

Em uma pesquisa anual realizada pelo Procon-SP, foi constatado que os medicamentos apresentam uma ampla disparidade de preços, chegando a atingir 685% entre os genéricos e 134% entre os medicamentos de referência. O estudo analisou 48 produtos das duas categorias, todos com a mesma apresentação, com o objetivo de fornecer ao público referências de preços e reforçar a importância da pesquisa antes da compra de medicamentos.

Os medicamentos de referência são desenvolvidos pelos fabricantes que os registraram primeiro, possuindo assim a marca registrada. Já os genéricos e similares são desenvolvidos a partir das fórmulas dos medicamentos de referência que caíram em domínio público. A pesquisa de preços foi realizada em sites de seis grandes drogarias, além de visitas presenciais em estabelecimentos de diversos municípios paulistas.

Uma das constatações mais impactantes do levantamento foi a diferença de preços encontrada entre os medicamentos genéricos de farmácias em Presidente Prudente. Em um estabelecimento, o medicamento Nimesulida de 100 mg com 12 comprimidos era vendido por R$ 23,49, enquanto em outro o preço era de R$ 2,99, representando uma diferença de 685,62%. Já entre os medicamentos de referência, a maior discrepância foi detectada na Baixada Santista com o medicamento Amoxil de 500 mg e 21 cápsulas, custando R$ 67,08 em uma farmácia e R$ 29,95 em outra, totalizando uma diferença de 123,97%.

Nos sites das principais redes de farmácias, a maior disparidade encontrada foi de 229,54% entre os medicamentos genéricos. Por exemplo, o medicamento Dipirona Sódica de 500 mg/ml gotas de 10 ml custava R$ 7,81 em um site e R$ 2,37 em outro. Já entre os medicamentos de referência, a maior diferença foi de 134,77%, como observado no medicamento Dexason da Teuto.

Em média, os medicamentos genéricos eram 66,83% mais baratos do que os de referência, o que representava uma economia significativa para os consumidores. O Procon-SP enfatizou que as farmácias não podem praticar preços acima do permitido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, e disponibilizou a lista de preços máximos para consulta no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A variação de preços no mercado pode ocorrer devido aos descontos concedidos pelos estabelecimentos, de acordo com critérios estabelecidos pelos fornecedores.

Em um mercado com tantas disparidades de preços, a pesquisa e a comparação se mostram essenciais para garantir que os consumidores façam escolhas econômicas e assertivas na hora de adquirir medicamentos.

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