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Estudo aponta que Pantanal enfrenta seca extrema e pode ter pior crise hídrica da história em 2024, alerta WWF-Brasil.

O Pantanal enfrenta uma crise hídrica sem precedentes, com a menor cobertura de água dos últimos anos, indicando uma seca intensa que se intensificará ao longo do ano de 2024. Segundo um estudo inédito encomendado pelo WWF-Brasil e realizado pela empresa ArcPlan, financiado pelo WWF-Japão, a situação alarmante do bioma é demonstrada pelos dados do satélite Planet, que revelam uma redução significativa na área coberta por água nos primeiros meses deste ano.

De acordo com os especialistas, o nível do Rio Paraguai, considerado um indicativo de seca, está 68% abaixo da média esperada para o período, com uma média de apenas 1 metro nos cinco primeiros meses de 2024. A falta do pulso de cheias, essencial para a manutenção do sistema pantaneiro, representa uma ameaça real para a biodiversidade, os recursos naturais e o modo de vida das populações locais.

A situação é ainda mais preocupante devido às ações humanas que degradam o bioma, como a construção de barragens, desmatamento e queimadas. O aumento de secas extremas e incêndios potencializados por esses fatores pode levar o Pantanal a um ponto de não retorno, onde a capacidade de recuperação natural do ecossistema é comprometida, resultando em impactos irreversíveis na fauna, flora e economia local.

Diante desse cenário, é urgente a adoção de medidas preventivas e de adaptação à seca no Pantanal, além do fortalecimento de políticas públicas para frear o desmatamento, restaurar áreas de Proteção Permanente e valorizar práticas sustentáveis na região. As recomendações do estudo apontam para a necessidade de mapear as ameaças aos corpos hídricos, apoiar as comunidades tradicionais e pequenas comunidades vulneráveis à seca e promover a conservação do bioma, um dos mais biodiversos e importantes do planeta.

Portanto, é fundamental que autoridades, organizações ambientais e a população local se unam para proteger e preservar o Pantanal, garantindo sua sobrevivência e a manutenção de sua rica diversidade de vida. Ações urgentes são necessárias para evitar danos irreparáveis a esse ecossistema único e essencial para o equilíbrio ambiental da região.

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