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A crise das drogas: aumento no consumo de crack e opioides sintéticos preocupa autoridades e especialistas da saúde.




Artigo sobre o consumo de drogas

Problemas psicológicos associados ao consumo de crack

Relacionados ao consumo de crack, são comumente relatados enormes problemas psicológicos, incluindo paranóia. De acordo com o especialista Deimel, no entanto, o maior desafio é a falta de um antídoto eficaz.

“Para a heroína, já existem intervenções de medicina antidependência muito bem desenvolvidas, como o tratamento assistido de substituição com metadona. Mas para o crack, não há nenhum medicamento aprovado e eficaz contra essa dependência. Este é um ponto crucial onde mais pesquisas são necessárias”, ressalta Deimel. Ele destaca a urgência de um centro de atendimento de emergência que funcione 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Aumento no consumo de opioides sintéticos

Em Düsseldorf, Michael Harbaum e sua equipe conseguiram acomodar dependentes de drogas em novos alojamentos na estação principal de trens, oferecendo segurança, assistência social e quartos individuais com chave. Especialistas argumentam que esse modelo deveria ser replicado em outros locais, pois, juntamente com o crack, estão surgindo outras drogas perigosas, como os opioides sintéticos.

Um desses opioides é o fentanil, um analgésico usado em pacientes terminais de câncer e que costuma ser misturado à heroína. Nos Estados Unidos, aproximadamente 10 mil pessoas morrem a cada ano por overdose de opioides. Testes realizados pela Deutsche Aids Hilfe em 17 salas de consumo de drogas na Alemanha revelaram que 3,6% das amostras de heroína continham vestígios de fentanil.

“Suspeitamos que esse número aumentará nos próximos meses”, alerta Daniel Deimel. Ele destaca que os opioides sintéticos estão sendo introduzidos no mercado e misturados com heroína, sendo substancialmente mais potentes. “A dose letal do fentanil é de dois miligramas, equivalente à ponta de um lápis”, acrescenta.


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