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Parlamentares bolsonaristas alegam razões sanitárias para se opor à legalização de cassinos no Brasil: “medida agrava vício em jogos”.




Artigo sobre o PL dos cassinos no Brasil

Parlamentares Bolsonaristas se opõem ao PL dos cassinos no Brasil por questões sanitárias

No cenário político atual, parlamentares alinhados ao governo Bolsonaro estão levantando argumentos relacionados a questões sanitárias para se oporem ao Projeto de Lei que visa autorizar o funcionamento de cassinos no território brasileiro. Segundo eles, a medida poderia agravar o problema do vício em jogos, que já é considerado sério no país.

A ironia não passa despercebida quando se observa que o mesmo grupo que antes questionava a eficácia das vacinas em meio à pandemia de Covid-19, hoje destaca a preocupação com a saúde pública em relação aos cassinos. É interessante notar a mudança de perspectiva e a importância de embasar decisões em evidências científicas.

Apesar das preocupações levantadas, é importante considerar que, atualmente, qualquer pessoa com um smartphone e acesso à internet já possui um cassino virtual disponível na palma da mão. A falta de regulamentação nesse setor tem impactos não apenas no vício em jogos, mas também na arrecadação de impostos, que poderiam beneficiar o tesouro nacional.

Outro ponto relevante é a geração de empregos que os cassinos físicos podem proporcionar, como os de crupiê, garçom e outros trabalhadores. Essas oportunidades de trabalho não estão presentes na modalidade virtual, o que pode ser considerado um ponto positivo a favor da legalização dos cassinos.

O desafio do jogo patológico e a importância da autonomia individual

Embora o problema do jogo patológico seja real e deva ser levado em consideração, a proibição não é a resposta mais eficaz. O acesso à informação e o apoio a indivíduos que lutam contra compulsões são fundamentais para lidar com essa questão. Da mesma forma que o alcoolismo é um problema comum no Brasil, mas não se defende o fechamento de todos os bares como solução.

É essencial manter a coerência ao discutir questões de autonomia individual, seja em relação à legalização das drogas, do aborto ou dos jogos de azar. A abordagem adulta para essas questões envolve o respeito à liberdade de escolha e a responsabilidade individual diante de possíveis compulsões.

Por fim, é importante refletir sobre o papel do Estado na regulamentação de atividades econômicas e de lazer, considerando sempre o impacto na sociedade e as melhores práticas para lidar com questões complexas como o vício em jogos.

Contato: helio@uol.com.br


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