Análise dos 30 anos do Real
Uma nota de R$ 100 no lançamento do real, há 30 anos, tinha o poder de compra equivalente a R$ 808 hoje. É a forma prática de dizer que a inflação no período foi de 708%.
A taxa, que representa um aumento de 8 vezes nos preços, pode parecer alta, mas é quase nada quando comparada ao aumento acumulado de 1.142.332.741.811.850% (sim, quatrilhão) nos 30 anos anteriores à estreia da moeda.
Um exemplo da mudança dos preços nas últimas três décadas é que, em julho de 1994, o salário mínimo no país era de R$ 64,79. Corrigido pela inflação, seria o equivalente a R$ 523,52 —cerca de um terço do que realmente é em 2024, de R$ 1.412.
Enquanto esse e outros itens tiveram um crescimento acima da inflação —ou real, sem trocadilho— outros, não. É o caso da cerveja em lata, cujo preço corrigido para os dias atuais seria em torno de R$ 5,58, enquanto, na realidade, o produto custa em média R$ 3,49.
Essas são algumas das reflexões trazidas pelos dados analisados nos infográficos elaborados pela Folha. As mudanças nos preços ao longo desses 30 anos refletem não apenas a inflação, mas também as políticas econômicas adotadas e as transformações no mercado nacional.
Diante desse panorama, é possível perceber a importância de um acompanhamento constante da economia e de medidas para garantir a estabilidade monetária, evitando assim cenários extremos de inflação como os observados anteriormente. É necessário manter um equilíbrio que beneficie tanto consumidores quanto produtores.