António Costa é o escolhido para presidir o Conselho Europeu

O ex-premiê português António Costa foi indicado para ser o novo presidente do Conselho Europeu, em uma reunião entre líderes dos blocos políticos do continente. Além disso, Ursula von der Leyen foi reconduzida à presidência da Comissão Europeia e Kaja Kallas foi escolhida como chefe da diplomacia na União Europeia.

Essas indicações, conhecidas como “top jobs”, ainda precisam ser confirmadas por votações posteriores. A nomeação de Costa será submetida a votos em uma cúpula que reunirá líderes dos 27 países do bloco, enquanto Von der Leyen e Kallas ainda aguardam aprovação do Parlamento Europeu.

A chance de veto a algum dos nomes é remota, pois representam a aliança de centro que tradicionalmente domina as instituições europeias. Com Costa representando os Socialistas e Democratas, Von der Leyen o Partido Popular Europeu (PPE) e Kallas o grupo Renew Europe (RE), o centro político mantém sua influência.

Enquanto o centro se mantém forte na União Europeia, a ultradireita, representada pelo ECR, liderado por Giorgia Meloni, busca ampliar sua influência. Mesmo fora dos “top jobs”, o ECR ganha cada vez mais poder e apoio.

Portugal e a influência na UE

Portugal tem uma tradição de ocupar cargos na burocracia europeia, graças à estabilidade política e à proximidade com os grandes líderes do bloco. António Costa, apoiado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, tem a oportunidade de ampliar a influência de Portugal na UE, especialmente com sua experiência na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Além disso, Costa pode ter um papel importante nas negociações internacionais da UE, incluindo as relações com o Brasil. Sua nomeação representa uma ascensão política significativa, saindo de um cargo restrito em Portugal para influenciar todo o bloco europeu por meio do Conselho Europeu.

A escolha dos novos presidentes da União Europeia reflete as forças políticas e ideológicas que moldam o rumo do bloco, destacando a importância do centro político e a crescente influência da ultradireita.