Visitação pública é retomada na Parte Alta do Parque Nacional do Itatiaia após extinção de incêndio que consumiu 300 hectares.
Segundo o gestor do Parque Nacional do Itatiaia, Felipe Mendonça, a fase atual é de monitoramento e cuidado, especialmente devido ao clima seco que costuma ser característico deste período do ano. A área atingida pelo incêndio foi de aproximadamente 300 hectares, causando perdas ambientais significativas e de difícil mensuração.
O gestor ressaltou que a vegetação seca e os fortes ventos facilitaram a propagação do fogo, além das características geográficas que tornavam a região de difícil acesso. A preocupação principal era evitar que o incêndio se alastrasse para a outra margem da estrada que corta o parque, o que poderia gerar danos ainda maiores.
O Parque Nacional do Itatiaia já havia sido palco de outros incêndios ao longo de sua história, sendo o maior em 1963, com a destruição de 4 mil hectares. Em 1988, outro incêndio consumiu 3,1 mil hectares e em 2001, mais de 1 mil hectares foram queimados.
A atuação integrada no combate ao incêndio atual, com o uso de tecnologia e equipamentos adequados, contribuiu para limitar a área afetada. O Ministério Público Federal recebeu 20 representações sobre o incêndio e está conduzindo investigações tanto na esfera cível quanto criminal.
O incidente no Parque Nacional do Itatiaia envolveu a participação de 415 cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras, do Exército Brasileiro, durante uma atividade de instrução. O Exército se comprometeu a colaborar com as investigações e ações de recuperação e preservação do meio ambiente na região afetada.
Localizado na Serra da Mantiqueira, o Parque Nacional do Itatiaia protege uma parte crucial da Mata Atlântica e recebe em média 150 mil visitantes por ano. A retomada da visitação pública após o incêndio representa um passo significativo na recuperação e preservação desse importante patrimônio natural.
