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Seita criminosa em Manaus administrava rede de salões de beleza e induzia funcionários ao uso de cetamina, aponta investigação.



Reportagem sobre caso de seita em Manaus

Grupo também queria abrir clínica veterinária para ter acesso livre a cetamina e potenay, medicamentos de uso controlado. A família dependia da ajuda de Hatus Silveira, que se apresentava como personal trainer de Djidja, para conseguir as substâncias de clínicas veterinárias da região. Ele foi preso junto com José Máximo, apontado como fornecedor da droga.

Djidja foi vítima de tortura praticada por sua própria mãe, Cleusimar, concluiu a polícia. A ex-sinhazinha morreu em 28 de maio por depressão cardiorrespiratória decorrente das torturas —registradas, inclusive, em vídeos feitos pela própria agressora, ainda de acordo com a Polícia Civil.

Mãe, irmão e ex-namorado de Djidja já estão presos. Nesta semana, a Polícia Civil pediu para converter a prisão temporária de Bruno Rodrigues em preventiva, “com base nas provas coletadas em seu aparelho celular que indicam a participação do indiciado também na gestão da seita criminosa”.

11 pessoas foram indiciadas e responderão por 14 crimes, ao todo. São eles:

  • tráfico de drogas;
  • associação para o tráfico;
  • perigo para a vida ou saúde de outrem;
  • falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais;
  • aborto provocado sem consentimento da vítima;
  • estupro de vulnerável;
  • charlatanismo;
  • curandeirismo;
  • sequestro e cárcere privado;
  • constrangimento ilegal;
  • favorecimento pessoal;
  • favorecimento real;
  • exercício ilegal da medicina;
  • tortura com resultado morte.

Relembre o caso

Família administrava rede de salões de beleza e induzia funcionários a participarem da seita, com uso de cetamina. As investigações apontam que algumas das vítimas sofreram violência sexual e aborto. A seita funcionava há pelo menos dois anos no bairro Cidade Nova, em Manaus.

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