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Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprova política nacional de controle de doenças transmitidas por vetores após alerta da OMS.




Projeto de Lei para controle de doenças de transmissão vetorial é aprovado na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados

17/06/2024 – 16:22

Mário Agra / Câmara dos Deputados

Solla: urbanização e mudanças climáticas tornaram doenças de transmissão vetorial uma ameaça mundial

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria uma política nacional de prevenção e controle das doenças de transmissão vetorial, como a dengue, febre amarela, leishmaniose e doença de Chagas. São doenças em que a transmissão é feita por agentes externos, como insetos e besouros, e não entre pessoas.

O texto estabelece as ações e metas da Política de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças de Transmissão Vetorial. Entre elas estão:

  • implementar ações de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e controle intersetoriais;
  • prestar atenção qualificada, integral e oportuna à saúde, com acesso ao diagnóstico e reabilitação por profissionais habilitados;
  • aprimorar a vigilância epidemiológica, com notificação e monitoramento dos casos;
  • identificar formas alternativas de transmissão e implementar medidas para controle e eliminação;
  • padronizar e disponibilizar medicamentos estratégicos necessários; e
  • sistematizar as atividades de mobilização e comunicação à sociedade.

O texto aprovado foi o substitutivo do relator, deputado Jorge Solla (PT-BA), favorável ao Projeto de Lei 11225/18, do deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO), e apensado (PL 526/24).

O substitutivo é mais amplo do que a proposta original, que trata apenas de uma política de prevenção e controle da dengue, chikungunya e zika.

Medidas amplas
Solla afirmou que a proposta visa instituir uma política única e ampla para as doenças vetoriais, em contraponto às iniciativas fragmentadas atuais, por vezes dirigidas a apenas uma espécie de vetor, como o Programa Nacional de Controle da Dengue.

“Ocorre que o atingimento das metas, muito frequentemente, fica bastante aquém do que se necessita diante da gravidade crescente da situação e da integração indispensável”, disse Solla.

O relator afirmou ainda que a intensa urbanização e as mudanças climáticas tornaram as doenças de transmissão vetorial uma ameaça mundial. “A Organização Mundial da Saúde [OMS] traçou diretrizes para o esforço de responder à ameaça de vetores de doenças [a Global Vector Control Response 2017-2030], no qual procura traçar diretrizes para todos os países”, afirmou.

Próximos passos
O projeto será analisado agora, em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Geórgia Moraes


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