Ministro do STF autoriza busca e apreensão em endereços ligados a deputado Carlos Jordy após Operação Lesa Pátria.

Além dos mandados de busca e apreensão realizados nos endereços ligados a Carlos Jordy, também foram cumpridos nove mandados com o objetivo de encontrar pessoas envolvidas no planejamento e execução dos atos antidemocráticos, de acordo com as investigações da PF. Entre os alvos desses mandados está Carlos Victor de Carvalho, suplente de vereador da assembleia de Campos dos Goytacazes (RJ) e apontado como líder de extrema direita na cidade fluminense.
Segundo as investigações, Carvalho, que também é apontado como responsável por administrar 15 grupos de extremistas em rede social, teria pedido orientações a Jordy sobre o bloqueio de estradas em novembro de 2022, logo após a derrota de Jair Bolsonaro na eleição presidencial. O ministro Alexandre de Moraes destacou em sua decisão que há “indícios de que o parlamentar seria a pessoa que efetivamente orientava as ações” organizadas por Carlos Victor.
Carlos Jordy, por sua vez, negou as acusações ao chegar à sede da PF em Brasília, onde prestou depoimento. Segundo o deputado, não há mensagens que o incriminem em relação ao 8 de janeiro. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Jordy afirmou que o mandado de busca contra ele é “medida autoritária e sem fundamento, que visa a perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal”.
Moraes autorizou o acesso da PF a aparelhos eletrônicos do parlamentar, bem como a apreensão de armas e munições nos endereços de Jordy. A PGR também ressaltou as fortes ligações entre Carlos Victor de Carvalho e Carlos Jordy, transpassando o vínculo político e denotando que o parlamentar tinha o poder de ordenar as movimentações antidemocráticas na região de Campos dos Goytacazes.
Diante de toda a situação, Carlos Jordy afirmou que o mandado é “a verdadeira constatação de que estamos vivendo em uma ditadura” e negou veementemente qualquer envolvimento.