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Zé Gotinha: o símbolo da vacinação no Brasil e a transição das gotinhas para a dose injetável contra a poliomielite.

O personagem Zé Gotinha, símbolo da vacinação no Brasil, teve sua origem no final da década de 80, durante a campanha de erradicação da poliomielite nas Américas. Na época, a vacinação contra a doença era feita por meio de duas gotinhas aplicadas na boca das crianças, mas o esquema vacinal evoluiu e passou a incluir doses injetáveis para combater a paralisia infantil.

Segundo informações do Ministério da Saúde, o esquema atual de vacinação contra a poliomielite prevê a aplicação de três doses injetáveis nos primeiros 6 meses de vida da criança, seguidas por duas doses de reforço, administradas de forma oral aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Anualmente, durante a Campanha Nacional de Vacinação, todas as crianças menores de 5 anos devem ser levadas aos postos de saúde para checagem da caderneta e atualização das doses, se necessário.

A Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite deste ano teve início no dia 27 e termina nesta sexta-feira (14), com a meta de imunizar pelo menos 95% das crianças menores de 5 anos no país. No entanto, os Estados e municípios podem prorrogar a campanha em caso de baixa adesão.

A partir de 2024, o Brasil iniciará a substituição gradual da vacina oral contra a poliomielite pela dose injetável, considerada mais eficaz. A mudança foi aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização, com base em novas evidências científicas. O Zé Gotinha continuará sendo o símbolo da vacinação no país, participando de ações de imunização e campanhas do governo federal.

Desde 1989, não há registro de casos de poliomielite no Brasil. No entanto, as coberturas vacinais têm apresentado quedas nos últimos anos, ficando abaixo da meta de 95%. Em 2022, a cobertura vacinal contra a doença foi de 77,19%, mostrando a importância de manter a vacinação em dia para evitar a reintrodução do vírus no país.

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