Importante: esta reportagem contém detalhes que podem ser perturbadores para alguns leitores.
Na cidade de Rafah, Gaza, a população enfrenta uma crise humanitária sem precedentes, com relatos de cães devorando corpos em um cemitério improvisado. Rehab Abu Daqqa e seus sete filhos vivem em uma situação extrema, onde a morte e o medo fazem parte do cotidiano.
As crianças, antes cercadas por lar e escola, agora se agarram à mãe como único porto seguro. Presenciaram cenas perturbadoras, como cães arrancando corpos de túmulos e os devorando, desafiando a compreensão infantil diante da crueldade da realidade.
A densidade populacional de Rafah aumentou consideravelmente devido à guerra, com mais de 1,4 milhão de pessoas aglomeradas na cidade. Doenças como diarreia e meningite se espalham, enquanto a fome e a falta de recursos básicos afetam a população.
A situação é ainda mais grave com a iminência de uma incursão militar por parte das Forças de Defesa de Israel, que ameaçam a vida dos habitantes locais. O cemitério, antes refúgio temporário para os deslocados, agora se torna palco de atrocidades inimagináveis.
A comunidade internacional se preocupa com o aumento da mortalidade e das doenças em meio ao conflito. A falta de acesso a cuidados médicos adequados e a destruição de hospitais agravam a situação precária dos refugiados em Rafah.
Enquanto políticos discutem estratégias de guerra, a população local enfrenta o desespero e a incerteza do futuro. Famílias inteiras vivem em abrigos improvisados, lutando para sobreviver em meio ao caos e à violência.
A crise humanitária em Gaza atinge níveis alarmantes, com a vida de milhares de pessoas em risco. O sofrimento e a dor são evidentes em cada canto da cidade, onde a esperança parece um luxo distante.
* Com colaboração de Alice Doyard e Haneen Abdeen.
