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Partidos de ultradireita ganham espaço nas eleições europeias e acendem alerta para possível mudança no Parlamento.




Artigo Jornalístico

Nas eleições europeias, as pesquisas indicam uma possível vitória dos partidos de ultradireita em diversos países do continente. Entre os líderes que podem sair vitoriosos nas urnas estão Giorgia Meloni, na Itália, Marine Le Pen, na França, e Viktor Orbán, na Hungria. Além disso, siglas de ultradireita em países como Polônia, Holanda, Bélgica e Áustria também devem obter um bom desempenho, alcançando cerca de um quarto das 720 cadeiras do parlamento.

De acordo com o sociólogo Sérgio Costa, da Universidade Livre de Berlim, o crescimento da ultradireita não deve provocar mudanças radicais na composição de forças do parlamento europeu. Os blocos majoritários, como o Grupo do Partido Popular Europeu e a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas, devem continuar com o poder decisório. Além disso, a recondução de Ursula von der Leyen, de centro-direita, para a presidência da Comissão Europeia é esperada.

No entanto, a legitimação do voto popular a partidos como a AfD nas eleições europeias traz um alerta. Segundo Costa, mesmo sem uma mudança radical na política, o impacto da legitimação de forças antes vistas com resistência e ceticismo pode ser significativo.

Além disso, a representatividade crescente dos partidos de direita no Parlamento Europeu pode resultar em pressões por medidas protecionistas no campo econômico. Isso inclui a possibilidade de aumento das taxas de importação de produtos externos à Europa e obstáculos a acordos de livre comércio, como o em andamento entre a União Europeia e o Mercosul, conforme destaca Costa.


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