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Irregularidade de bares em Copacabana gera conflito entre moradores e empresários, transformando ruas em “puxadinhos” fora da lei







Bares de Copacabana Descumprem Lei e Invadem Ruas com Mesas e Cadeiras


Bares de Copacabana Descumprem Lei e Invadem Ruas com Mesas e Cadeiras

O clima tradicional e festivo de Copacabana vem sendo comprometido por uma “briga” entre moradores e donos de bares do bairro. A irregularidade de estabelecimentos que estendem suas atividades para além do permitido, invadindo as ruas com mesas e cadeiras é o principal alvo de reclamação de moradores, principalmente na região da Rua Aires Saldanha, no trecho entre a Rua Bolivar e a Xavier da Silveira, que já apelidaram a área internamente de “Baixo Desordem”. Nessa região, a presença de estabelecimentos descolados e “hypados” tem transformado o ambiente residencial em uma verdadeira confusão, especialmente aos finais de semana.

Foto: DIÁRIO DO RIO

O DIÁRIO DO RIO flagrou boa parte dos estabelecimentos na ilegalidade na noite desta última quarta-feira (05/06), confirmando as denúncias dos moradores. Na frente de cada bar, há uma placa instalada pela Prefeitura do Rio que informa quais são os períodos que as vagas dispostas na via podem ser ocupadas. E mesmo estando fora do dia e horário permitido, muitos donos dos estabelecimentos sequer se preocupam com a ordem da região. O destaque fica para o Baeck’s GastroBar, campeão de reclamações, acompanhado por seus vizinhos como Broto, Plink e Baixo Copa, todos flagrados por nossa equipe em situação irregular.

Diante das regras municipais, estabelecidas desde 2020, os bares e restaurantes têm permissão para utilizar as vagas nas laterais das vias apenas de quinta-feira a domingo, em horários específicos: quinta-feira, das 18h às 23h; sexta-feira e sábado, das 18h às 02h; e domingo, das 18h às 23h. Contudo, muitos proprietários ignoram tais restrições, expondo-se à multa de R$ 352 por cada mesa posta em vias públicas fora dos dias permitidos, valor que boa parte deles se recusa a pagar.

Um dos casos mais emblemáticos é o do Boteco Belmonte, que adota a estratégia de utilizar fuscas para “guardar lugar” em vagas em frente ao estabelecimento. Essa prática foi constatada tanto na unidade da Vieira Souto, em Ipanema quanto na da Rua Bolívar, em Copacabana, onde, inclusive, um fusca ocupava espaço na última quarta-feira.

Bares de Copacabana burlam lei e transformam ruas em 'puxadinhos' fora do dia permitido

Essa realidade afeta diretamente os moradores do bairro, um dos bairros mais populosos e densos do Rio, com intensa vocação comercial e turística. Muitos edifícios não dispõem de garagem, reflexo da época em que foram construídos, principalmente na década de 30 e 40, quando o carro não tinha o mesmo destaque que hoje. A falta de vagas, especialmente nos finais de semana, é agravada pela ocupação desses espaços por mesas e cadeiras dos estabelecimentos.


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