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Manifestantes da ONG Eco Pelo Clima protestam contra governantes diante das enchentes no Rio Grande do Sul e alertam para emergência climática.

Na última sexta-feira (31), a organização não governamental Eco Pelo Clima promoveu uma marcha de protesto em Porto Alegre, como parte de um movimento global sobre questões climáticas. Os participantes do evento expressaram sua indignação em relação às enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul desde o final de abril, atribuindo a responsabilidade aos governantes locais, os quais foram rotulados como “negligentes e incompetentes”. Os alvos das críticas foram o governador Eduardo Leite e o prefeito da capital, Sebastião Melo.

Durante a manifestação, os porta-vozes da ONG mostraram solidariedade às vítimas da crise climática e defenderam a necessidade de uma mudança no sistema atual para evitar mais danos ao meio ambiente. De acordo com eles, o capitalismo é visto como um dos principais responsáveis pelos desastres ambientais que o Rio Grande do Sul tem enfrentado.

A Eco Pelo Clima afirmou que alertou o governo estadual sobre os riscos das mudanças climáticas há bastante tempo e que solicitou ações concretas em relação ao assunto no ano passado. Os manifestantes carregavam cartazes com frases como “As mudanças climáticas estão nos matando. Emergência climática já!” e clamavam por ações urgentes das autoridades.

A situação ambiental no Rio Grande do Sul ganhou destaque ainda maior quando o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu um prazo para que o governo e a Assembleia Legislativa esclarecessem as alterações realizadas no Código Estadual do Meio Ambiente. O Partido Verde alegou que as mudanças flexibilizaram regras ambientais de forma prejudicial, o que pode ter contribuído para a devastação causada pelas chuvas intensas no estado.

Para lidar com os danos socioeconômicos causados pelos eventos climáticos extremos, a Assembleia Legislativa aprovou o chamado Plano Rio Grande, que visa reconstruir as áreas afetadas e garantir a resiliência climática do estado. O plano inclui a criação do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), financiado pelo governo estadual com recursos provenientes da suspensão temporária do pagamento da dívida com a União.

Diante da urgência da situação, é fundamental que as autoridades tomem medidas eficazes para lidar com as consequências das mudanças climáticas e proteger o meio ambiente no Rio Grande do Sul. A sociedade civil e as organizações não governamentais continuam pressionando por ações concretas e responsáveis por parte dos líderes políticos.

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