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Eslovênia reconhece Estado da Palestina em meio a crise diplomática com Israel e outros países europeus, decisão ainda aguarda votação parlamentar.




Decisão da Eslovênia em reconhecer Estado da Palestina gera repercussão internacional

O governo da Eslovênia reconhece o Estado da Palestina

No dia 30 de outubro, o governo da Eslovênia aprovou o reconhecimento do Estado da Palestina, seguindo os passos de Espanha, Irlanda e Noruega, em resposta aos recentes conflitos na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro esloveno, Robert Golob, anunciou a decisão e aguarda a votação do Parlamento para que ela seja oficializada.

Para marcar a significativa medida, o governo hasteou a bandeira palestina em frente ao seu prédio, ao lado das bandeiras da Eslovênia e da União Europeia, da qual o país faz parte. O gesto simbólico reforça o posicionamento da Eslovênia em prol do reconhecimento do Estado da Palestina.

A decisão de Golob mostra solidariedade na busca por um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas em Gaza, além de pedir pela libertação dos reféns israelenses sequestrados durante os ataques. O líder esloveno enfatizou que a medida é uma mensagem de paz em meio às hostilidades na região.

Repercussão internacional

Israel ainda não se pronunciou sobre a decisão da Eslovênia, mas considerou a iniciativa dos países europeus como uma recompensa ao terrorismo. A Espanha, que também reconheceu o Estado da Palestina, enfrentou críticas de Tel Aviv e uma crise diplomática entre os países.

Dos 27 membros da União Europeia, dez já reconhecem a Palestina, incluindo países como Suécia, República Tcheca e Espanha. A decisão da Eslovênia e de outros países europeus pode influenciar novos reconhecimentos, como o de Malta e possivelmente do Reino Unido e Austrália.

No entanto, há divergências entre os países europeus quanto ao reconhecimento do Estado da Palestina. Enquanto a Dinamarca rejeitou um projeto de lei para tal reconhecimento, a Alemanha e os Estados Unidos defendem uma abordagem diplomática, por meio do diálogo, para alcançar uma solução de dois estados.

O conflito em Gaza, que já dura oito meses, causou um alto número de vítimas, com o Hamas relatando mais de 36 mil palestinos mortos e grande parte da região reduzida a ruínas. A decisão da Eslovênia e de outros países europeus mostra um cenário complexo e uma busca por soluções pacíficas para a região.


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