
Ministério Público foi contra bloqueio de contas da dupla nas redes sociais. A manifestação da promotoria, citada na decisão, relembra que medidas cautelares diversas foram impostas aos influenciadores no processo, apontando não ser necessário a aplicação da ação solicitada pela polícia neste momento. Nino e Deric contam, juntos, com quase sete milhões de seguidores nas redes sociais.
Polícia apontou crimes em publicações
Polícia Civil alegou que redes da dupla estão sendo usadas “de forma diversa a que o aplicativo se destina”. Na representação, também obtida pela reportagem do UOL, a polícia ponderou que o assassinato de Tarcísio Gomes da Silva, 32, “não se consumaria” sem o uso do aplicativo Instagram que, segundo a corporação, foi usado para localizar a vítima e executá-la.
Representação cita exemplos de “crimes postados” pelos irmãos. O documento conta com prints de frames de publicações de Nino e Deric, entre eles, alguns com “aparentes cigarros de maconha” e uso de motos de luxo para dar “grau” (empinar).
“Inspiração de prática ilegais para milhões de seguidores.” No documento, a delegada Magali Celeghin Vaz, do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), que apura o caso, discorre sobre a “possível ocultação de patrimônio e sonegação fiscal”. Como exemplo há prints de vídeos de Nino fazendo compras em uma loja da Louis Vuitton e pagando com dinheiro em espécie.
Defesa de irmãos comemora decisão. Ao UOL, o advogado Felipe Cassimiro apontou que a decisão “ressalta a justiça e a integridade do Poder Judiciário”. “Ao acolher os argumentos da defesa, a magistrada evidenciou seu compromisso com uma análise justa e fundamentada. Um reconhecimento do trabalho bem feito e uma vitória significativa”, acrescentou.