O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) barrou a aquisição das plantas frigoríficas da Marfrig no Uruguai pela Minerva, devido a preocupações com a concentração de mercado. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira, em Brasília.
O órgão regulador afirmou que a compra das unidades da Marfrig pela Minerva poderia gerar concentração excessiva de mercado no setor de carnes bovinas no Uruguai, prejudicando a concorrência e os consumidores. A transação poderia resultar em um domínio de mercado por parte da Minerva, o que poderia afetar negativamente a dinâmica da indústria de carnes no país.
A Minerva, uma das maiores empresas de carne bovina da América do Sul, havia anunciado a intenção de adquirir as plantas frigoríficas da Marfrig no Uruguai em um acordo de cerca de US$ 225 milhões. A transação fazia parte dos planos de expansão da empresa no mercado uruguaio, considerado estratégico para a companhia.
No entanto, o CADE decidiu vetar a operação após analisar os impactos que a aquisição poderia ter no mercado de carnes bovinas no Uruguai. A decisão do órgão regulador foi baseada na legislação brasileira de defesa da concorrência, que visa garantir um ambiente competitivo e evitar situações de abuso de poder econômico.
Com a decisão do CADE, a Minerva terá que rever sua estratégia de expansão no Uruguai e buscar outras oportunidades de negócios no país. A empresa ainda não se pronunciou oficialmente sobre o veto da transação, mas é esperado que ela busque alternativas para aumentar sua presença no mercado uruguaio de carnes bovinas.
