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18 de janeiro, Dia Estadual da Baía de Guanabara: uma história de preservação e recuperação após desastre ambiental de grandes proporções




Dia Estadual da Baía de Guanabara reforça a necessidade de preservação

Vista da Baía de Guanabara / Foto: Luiza Bragança – Prefácio Comunicação

Hoje, 18 de janeiro, é celebrado o Dia Estadual da Baía de Guanabara, uma data instituída pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro em memória do desastre ambiental que ocorreu no ano 2000. Nesse ano, um vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Ilha do Governador, resultou em uma mancha de mais de 40 km ao longo da Baía, vitimando milhares de aves e animais marinhos, além de prejudicar pescadores e trabalhadores de áreas afins. O acidente é considerado uma das piores catástrofes ambientais do Rio de Janeiro e motivou a criação do Dia Estadual da Baía de Guanabara pela Lei Estadual nº 3616/2001.

Em meio à tragédia, a gestão participativa, integrada e descentralizada dos recursos hídricos em diversas bacias hidrográficas fluminenses se tornou uma pauta prioritária. Adriana Bocaiuva, diretora-presidente do Comitê de Bacia da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (CBH Baía de Guanabara), ressaltou que o desastre catalisou a articulação pela preservação da Baía de Guanabara e motivou a criação do Comitê da Baía de Guanabara.

Atuando há 18 anos na gestão e preservação dos recursos hídricos da Baía de Guanabara, o CBH realiza ações como o programa de monitoramento quali-quantitativo, premiado em 2023 com o Prêmio Prosegh na categoria qualidade ambiental. Esse reconhecimento resultou em um investimento de R$ 10 milhões para a ampliação do programa, que agora medirá 78 parâmetros de qualidade da água e realizará a coleta periódica de amostras, análises laboratoriais e monitoramento por satélite do crescimento de flora nociva.

O programa de monitoramento também avalia a vazão em 50 pontos ao longo dos corpos d’água da Região Hidrográfica V (RHV), que abrange, total ou parcialmente, 17 cidades da região metropolitana do Rio. Além disso, o CBH promove a gestão dos recursos hídricos na RH-V através da participação de representantes do Poder Público, de usuários e da Sociedade Civil.


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