Surto de gastroenterite preocupa moradores de Copacabana e Botafogo

A Secretária Municipal de Saúde está monitorando atentamente um surto de gastroenterite que tem afetado moradores dos bairros de Copacabana e Botafogo, localizados na zona sul do Rio de Janeiro. Segundo informações do secretário da pasta, Daniel Soranz, foram registrados 46 casos nas últimas semanas, gerando preocupação na comunidade local.

De acordo com a Secretaria de Saúde, as notificações de casos individuais não são obrigatórias, porém, quando há a caracterização de um surto, a situação demanda atenção especial e medidas de vigilância. Em Copacabana, especificamente, foram identificados dois surtos, totalizando 34 pessoas com gastroenterite, o que gerou ainda mais preocupação entre os moradores.

O secretário Soranz enfatizou que, até o momento, não há relação entre os casos identificados. A Secretaria de Saúde está conduzindo investigações para identificar as possíveis causas do surto, incluindo a coleta de amostras dos pacientes afetados. Além disso, inspeções estão sendo realizadas nos restaurantes e ambulantes da região em parceria com a vigilância sanitária, visando garantir a segurança alimentar e a prevenção de novos casos.

Segundo o secretário, as altas temperaturas registradas recentemente na região podem ser apontadas como uma das possíveis causas da gastroenterite, juntamente com a ingestão de alimentos e bebidas comprometidos. “Como foram detectados diferentes patógenos, a gente atribui [os casos] ao calor, à má conservação dos alimentos e ao consumo de água que não tenha sido filtrada de forma adequada”, declarou à Folha.

Além disso, Soranz destacou que, em períodos de calor intenso, é comum que ocorram surtos de diarreias devido às condições favoráveis para proliferação de bactérias e deterioração de alimentos. Nesse sentido, a pasta de Saúde realizou vistorias no sistema de água da cidade, não encontrando indícios que pudessem estar associados aos surtos.

O secretário alertou para a atenção redobrada em relação à procedência das bebidas e comidas vendidas em locais sem registro da vigilância sanitária. “A gente encontrou uma preocupação especial fora dos locais com registros. Um dos focos são águas vendidas na rua, que podem ter procedência duvidosa. Uma orientação é evitar comprar água de comércios informais”, afirmou Soranz.

Diante da situação, o secretário reforçou que episódios pontuais de diarreia e gastroenterite podem ser tratados em casa, mas orientou que as pessoas procurem atendimento médico caso a condição persista por mais de 5 dias ou se apresentar febre e sangue ou pus nas fezes. Ele ainda recomendou o aumento da ingestão de líquidos durante os dias quentes, bem como o consumo de frutas, verduras e alimentos leves, orientando também para evitar o preparo antecipado das refeições para evitar possíveis contaminações. A Secretaria de Saúde reforça a importância de seguir tais recomendações para prevenir novos casos e garantir a saúde da população.