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Brasil deve focar nas próprias potencialidades e conhecimento para promover inovação na indústria, afirma ministro.

Ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, afirmou hoje que o Brasil deve focar em suas potencialidades e conhecimento acumulado em áreas como energias limpas para promover a inovação na indústria nacional. Ele fez essa declaração durante sua participação no 1° Seminário Nacional de Política Industrial, promovido pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços, na Câmara dos Deputados.

França ressaltou as oportunidades na área de energias limpas, enfatizando que o Brasil possui as condições climáticas e naturais ideais para se tornar um protagonista nesse setor. O ministro ressaltou a importância de focar no que conhecemos para aumentar a chance de sucesso.

Além disso, França mencionou o setor de medicamentos e o agronegócio como áreas em que a inovação deve ser incentivada no país. Ele destacou que o Brasil possui vocação nessas áreas devido à pesquisa e conhecimento acumulado ao longo dos anos.

O deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), coordenador dos debates sobre incentivos à inovação na indústria, afirmou que o desenvolvimento industrial é estratégico para o Brasil, pois cria cadeias tecnológicas que geram empregos mais bem remunerados. Lippi ressaltou que lutar pela reindustrialização é lutar pelo desenvolvimento econômico e social do país.

Tiago Chagas, gerente da Unidade de Novos Negócios da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), apontou a aversão ao risco como um dos principais obstáculos à inovação no Brasil. Ele afirmou que a ABDI trabalha para mostrar para a indústria que inovar é vantajoso e leva a ganhos de produtividade. A agência realiza pilotos em diversas áreas para estimular as empresas a investir em tecnologias inovadoras.

Adriana Faria, diretora executiva do Parque Tecnológico de Viçosa (MG), destacou que um dos desafios da inovação é encontrar um modelo eficiente de integração entre universidades, empresas e governos. Ela ressaltou a importância de capitalizar o conhecimento e mencionou a Lei do Bem, que permite às empresas abater investimentos em projetos de desenvolvimento feitos com universidades como benefícios fiscais.

Roberto Alvarez, diretor executivo da Global Federation of Competitiveness Councils, observou que o Brasil tem apresentado muita produção científica, mas pouca inovação nos últimos anos. Ele destacou a necessidade de transformar conhecimento em valor econômico e sugeriu alterações na legislação para permitir uma melhor interação entre universidades e setor produtivo. Alvarez afirmou que conhecimento e empreendedorismo são os motores da inovação.

A participação das universidades é vista como fundamental para impulsionar a inovação no país. O evento na Câmara dos Deputados buscou discutir estratégias para estimular a inovação na indústria brasileira, com ênfase em setores como energias limpas, medicamentos e agronegócio.

A reportagem foi feita por Murilo Souza e a edição ficou por conta de Ana Chalub.

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