
Em reunião realizada nesta quarta-feira (4), o CMSE decidiu que seria necessário adotar essa medida devido à gravidade da crise hidrológica na região. Diversas regiões do Acre, Amapá, Maranhão, Piauí, Bahia, Sergipe e, principalmente, Amazonas e Pará, tiveram os menores índices de chuva no período de julho a setembro deste ano desde 1980, de acordo com dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
A seca tem causado impactos nas comunidades ribeirinhas, que estão isoladas devido ao baixo nível dos rios, além de resultar na morte de peixes e botos e interromper a produção de energia hidrelétrica. O governo prevê que até 500 mil pessoas possam ser afetadas por esse fenômeno climático.
O ministro da Integração Nacional, Waldez Goes, informou que 55 cidades já decretaram situação de emergência devido à seca e outras três estão em processo de decretação. Estima-se que a estiagem afete cerca de 500 mil pessoas.
Na reunião, o ONS e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se comprometeram a viabilizar o início das operações das usinas termelétricas. Além disso, a Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento coordenará estudos de avaliação da resiliência do sistema elétrico dos estados do Acre, Amapá e Rondônia frente às mudanças climáticas, visando manter a capacidade do atendimento eletroenergético em cenários futuros de escassez hídrica e cheias extraordinárias.
No interior do Amazonas, onde a geração de energia é predominante a partir de diesel, o Ministério das Minas e Energia tem atuado desde junho para garantir o fornecimento de combustível para as cidades. O vice-presidente Geraldo Alckmin viajou para Manaus nesta quarta-feira com uma comitiva de ministros para avaliar os estragos causados pela seca e as demandas dos municípios.