
Cappelli, que foi enviado pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, para acompanhar as apurações, teve uma reunião com a superintendência da Polícia Federal no estado, que já está colaborando com a Polícia Civil nas investigações.
Na sexta-feira, o secretário-executivo se encontrará com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que conversou por telefone com Dino na manhã de quinta-feira. A preocupação de ambos os representantes do governo é garantir uma investigação completa e eficiente que esclareça os fatos e responsabilize os culpados.
Os médicos foram assassinados em um ataque a tiros na avenida da praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, durante a madrugada do dia 5 de novembro. Outro médico ficou ferido e está internado. As vítimas foram socorridas por bombeiros, porém três não resistiram aos ferimentos.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que policiais do 31° BPM (Recreio dos Bandeirantes) foram chamados para atender a uma ocorrência de homicídio na Avenida Lúcio Costa, na praia do bairro, e encontraram as quatro vítimas baleadas.
Os médicos estavam na cidade para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo e faziam parte da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé.
Investigadores da Polícia Civil não descartam a hipótese de que os médicos tenham sido confundidos com alvos diferentes pelos criminosos. Uma das linhas de investigação sugere que um dos médicos assassinados pode ter sido confundido com o filho de um miliciano, devido à semelhança física entre os dois.
A polícia ainda não descarta a possibilidade de motivação política para o crime, nem a ligação com a milícia no estado do Rio de Janeiro. O diretor-geral da Polícia Federal também mencionou uma possível relação com a atividade parlamentar da deputada Sâmia Bonfim. Vale lembrar que a deputada já registrou ameaças de morte no ano passado.
Uma testemunha, que não quis se identificar, relatou à CNN que viu o momento do crime e descreveu como “rápido e assustador”. Segundo a testemunha, inicialmente parecia ser o barulho de garrafas quebrando, mas depois ficou claro que eram tiros. A pessoa afirma que deixou seus pertences em uma mesa e ao voltar percebeu que não se tratava de um assalto.
A investigação continua e as autoridades buscam por mais informações que possam ajudar a esclarecer os fatos e identificar os responsáveis por esse crime chocante.