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Motoboys e motoentregadores em São Paulo paralisam atividades por melhores condições de trabalho e reajuste salarial

Motoboys e motoentregadores de São Paulo iniciaram nesta sexta-feira (29) uma série de paralisações que devem durar três dias. Eles estão reivindicando melhores condições de trabalho e o reajuste salarial por parte dos aplicativos para os quais trabalham. A manifestação está sendo organizada pelo Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo (SindimotoSP) e teve início com um ato na entrada da sede da IFood em Osasco, que reuniu cerca de 200 pessoas.

Durante todo o dia, os motoboys realizaram diversas ações para chamar a atenção para suas demandas. Pela manhã, um comboio de trabalhadores saiu do antigo endereço do sindicato em direção à sede da empresa de delivery. Já no início da tarde, eles fizeram um almoço coletivo em frente ao local. Faixas foram estendidas e motocicletas foram estacionadas para demonstrar a insatisfação da categoria.

“Vocês acham justo a forma de escravidão que estão praticando conosco?”, questionou uma liderança do movimento por meio de um alto-falante. A manifestação está sendo monitorada por dez agentes da Polícia Militar.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do SindimotoSP, Gilberto Almeida, informou que a greve já conta com adesões de trabalhadores da categoria em 12 estados. Segundo ele, a quantidade de manifestantes poderia ser maior se os trabalhadores não temessem punições por participar dos atos.

A principal demanda dos motoboys é um reajuste nas horas trabalhadas, pois segundo Almeida, a categoria está há sete anos sem receber qualquer reajuste. As empresas propuseram pagar entre R$ 12 e R$ 17 por hora trabalhada, porém os motoboys pedem que o valor seja em torno de R$ 35 por hora online. Almeida também criticou a falta de diálogo das empresas com os sindicatos e a postura das plataformas em relação aos seus lucros.

Em nota, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) informou que respeita o direito de manifestação e que suas empresas associadas estão abertas ao diálogo com motoristas e entregadores. A associação destacou que tem participado do grupo de trabalho criado pelo governo para discutir a regulamentação do trabalho realizado por meio de plataformas tecnológicas e que já apresentou propostas.

A paralisação dos motoboys em São Paulo reflete a insatisfação dessa categoria com as condições de trabalho oferecidas pelos aplicativos. Esses profissionais desempenham um papel fundamental na sociedade, pois são responsáveis pela entrega de alimentos e produtos. Portanto, é fundamental que suas reivindicações sejam ouvidas e que soluções sejam encontradas para garantir condições laborais mais justas e dignas em benefício desses trabalhadores.

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