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Irmãos são condenados pela Justiça de SP por assassinar família no ABC, com penas aplicadas.

A Justiça de São Paulo condenou os irmãos Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos pelo assassinato de um casal e seu filho adolescente no ABC paulista. O crime ocorreu no dia 28 de janeiro de 2020, e os réus confessaram sua participação. As penas somadas chegam a 121 anos de prisão, que serão cumpridas inicialmente em regime fechado.

O casal Flaviana de Meneses Guimarães e Romuyuki Veras Gonçalves, juntamente com seu filho Juan Victor Meneses Gonçalves, foram as vítimas dessa tragédia. A residência da família ficava no bairro Jardim Irene, em Santo André, dentro de um condomínio.

Segundo a decisão da Justiça, Juliano Oliveira Ramos Júnior praticou três crimes de homicídio triplamente qualificado, três crimes de destruição de cadáver, um crime de roubo majorado pelo concurso de agentes, restrição da liberdade das vítimas e emprego de arma de fogo, além de um crime de associação criminosa. Jonathan Fagundes Ramos também foi condenado pelos mesmos crimes.

As penas estabelecidas para Juliano são de 65 anos, cinco meses e 10 dias de reclusão, além do pagamento de 37 dias-multa. Já Jonathan deve cumprir 56 anos, dois meses e 20 dias de prisão e pagar 35 dias-multa. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, é possível recorrer da decisão, porém os réus não poderão aguardar o recurso em liberdade.

O juiz Lucas Tambor Bueno afirmou na sentença que, caso os réus estejam insatisfeitos com a decisão, não poderão recorrer em liberdade. Por isso, permanecerão nos presídios onde se encontram. A defesa dos réus não foi localizada para comentar o caso.

Vale ressaltar que três dos cinco acusados já haviam sido condenados anteriormente, em 14 de junho deste ano. A filha do casal, Anaflávia Martins Meneses Gonçalves, e sua então companheira, Carina Ramos de Abreu, foram acusadas de envolvimento no crime e receberam penas de 61 anos, cinco meses e 23 dias de reclusão, e 74 anos, sete meses e dez dias de reclusão, respectivamente. Guilherme Ramos da Silva, amigo de um dos primos de Carina, também foi condenado a 56 anos, dois meses e 20 dias de reclusão.

Anaflávia e Carina facilitaram a entrada dos comparsas no condomínio onde morava a família e participaram ativamente dos crimes. Juliano, Jonathan e Guilherme agiram mediante a promessa de recompensa.

O caso chocou a região do ABC paulista. Os corpos das vítimas foram encontrados carbonizados dentro do porta-malas de um veículo incendiado na Estrada do Montanhão. Imagens de câmeras de segurança mostraram Carina chegando no condomínio, assim como a presença dos outros envolvidos no crime.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, Carina e Anaflávia mataram as vítimas por ganância, desejando ficar com a casa, os veículos e o dinheiro que acreditavam estar no cofre, além do dinheiro do seguro de vida. Juliano, Jonathan e Guilherme agiram movidos pela promessa de recompensa. Todos os cinco cometeram o crime de forma cruel, espancando as vítimas e dificultando qualquer possibilidade de defesa.

As investigações revelaram que Anaflávia se separou de seu casamento original para iniciar um relacionamento com Carina, que apresentou os demais envolvidos no crime. Anaflávia e Carina moravam juntas e Anaflávia trabalhava em uma loja de perfumes que era de propriedade de Flaviana e Romuyuki.

O julgamento e condenação desses réus trazem um pouco de justiça para as vítimas e suas famílias, mas o caso ainda deixa marcas profundas na sociedade. É importante que crimes tão terríveis sejam punidos de forma rigorosa, para evitar a impunidade e garantir a segurança da população.

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