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COP29 em Baku: Líderes mundiais debaterão financiamento climático global em conferência sobre mudanças climáticas

A menos de um mês, a cidade de Baku, no Azerbaijão, será o palco da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), um evento que reunirá representantes de 198 países e territórios para discutir a crise climática e buscar acordos globais em relação ao tema. O encontro está marcado para ocorrer entre os dias 11 e 22 de novembro e promete trazer à tona uma discussão crucial: o financiamento climático global.

A principal responsabilidade das nações que assinaram o Acordo de Paris é a apresentação de uma nova geração de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) que estejam alinhadas com a meta de limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. No entanto, um dos desafios que se impõe é entender quanto custará a implementação dessas ambições e quem arcará com os custos.

A secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, destaca que há cinco temas que dominam as negociações em relação ao financiamento climático global: transparência, valor para atualização do financiamento, responsabilidade dos pagamentos, prazos para novas obrigações e alocação dos recursos para ações de mitigação e adaptação. Nos últimos anos, o valor de US$100 bilhões a ser financiado pelos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento mostrou-se insuficiente, o que evidencia a necessidade de maior clareza nas metodologias adotadas pela OCDE.

Durante a pré-COP realizada em Baku no início de outubro, também se destacou a discussão sobre a regulação de um mercado de carbono global, um segundo tema que ganhará relevância durante a COP29. A expectativa é que Singapura e Nova Zelândia liderem as negociações sobre o assunto e que um acordo internacional seja alcançado ao final do encontro.

O Brasil, juntamente com outros 134 países que fazem parte do Grupo dos 77 + China, defenderá a manutenção dos países ricos como financiadores dos países em desenvolvimento, em oposição à proposta dos países desenvolvidos de tornar obrigatórios os financiamentos voluntários de nações emergentes. A expectativa é que, com a contribuição do Brasil e o debate global, a COP29 alcance sucesso na resolução dessas questões.

Além disso, os secretários de Clima, Energia e Meio Ambiente do Brasil ressaltaram a importância da iniciativa que reuniu as presidências das COPs 28, 29 e 30, lideradas por Emirados Árabes Unidos, Azerbaijão e Brasil, respectivamente, para avaliar e negociar com outros países antes das conferências. A expectativa é que a COP29 seja um marco para o avanço nas discussões sobre a crise climática e um passo significativo rumo à implementação de ações concretas para lidar com o problema.

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