Ministério da Fazenda eleva projeção de crescimento do PIB em 2024 e prevê inflação de 3,7%: veja os detalhes no Boletim Macrofiscal

O aumento na estimativa de crescimento econômico se deve a diversos fatores, como o avanço das vendas no varejo e dos serviços prestados às famílias, a criação de empregos e a expansão das concessões de crédito. Além disso, o investimento na construção civil e o aumento das importações de bens de capital também contribuíram para a elevação da projeção do PIB.
Outro elemento que impulsionou a revisão para cima do crescimento econômico foi o setor de exportações, que tem se beneficiado da recente alta do dólar. A SPE enfatizou que o desempenho do setor de serviços foi fundamental para compensar as revisões para baixo nas estimativas de crescimento da agropecuária e da indústria.
No entanto, a SPE alertou que as estimativas para o PIB não consideram os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul na atividade econômica. O estado, que representa cerca de 6,5% do PIB brasileiro, deverá registrar perdas principalmente no segundo trimestre, com as atividades ligadas à agropecuária e à indústria de transformação sendo as mais afetadas.
Em relação à inflação, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 foi elevada de 3,5% para 3,7%. A alta do dólar e os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul na oferta de alimentos contribuíram para esse aumento. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também teve sua projeção revisada para cima, encerrando o ano com variação de 3,5%.
Os dados do Boletim Macrofiscal serão utilizados no próximo Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado em breve. Esse relatório é fundamental para a execução do Orçamento, com base no desempenho das receitas e previsão de gastos do governo, e o governo poderá bloquear alguns gastos não obrigatórios com base no cumprimento da meta de déficit primário e do limite de gastos.