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Exportações chinesas têm queda menor do que o esperado em agosto, indicando possível estabilização após meses de retração

No mês de agosto, as exportações da China, a segunda maior economia do mundo, apresentaram uma redução menor do que o esperado. Mesmo assim, este foi o quarto mês consecutivo de queda, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas do país. As exportações totalizaram US$ 284,9 bilhões.

A diminuição foi de 8,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A consultoria chinesa de dados financeiros Wind previa uma queda de 9,5%, enquanto um levantamento da Reuters junto a analistas financeiros projetava 9,2%. No mês de julho, a redução foi ainda mais expressiva, alcançando 14,5%.

Outras economias asiáticas começam a sinalizar que a situação no comércio exterior pode estar melhorando para elas também. As exportações da Coreia do Sul registraram uma queda de 8,4% em agosto, na comparação ano a ano, contra uma redução de 16,4% que havia sido registrada em julho.

Em relação às importações chinesas, o valor alcançado em agosto foi de US$ 216,5 bilhões. Houve uma queda de 7,3% em comparação ao mesmo período do ano passado, contra a previsão de queda de 8,2% da Wind e de 9% dos analistas ouvidos pela Reuters. Também foi uma redução menor do que em julho, quando caíram 12,4%.

“A boa notícia é que o comércio da China parece estar se contraindo a um ritmo mais lento e há alguma esperança de que se estabilize em breve”, avaliou Michael Pettis, professor de finanças da Universidade de Pequim.

A importação chinesa de commodities como soja e petróleo, que são importantes nas vendas do Brasil para o país, cresceu 31% em agosto — o mesmo percentual para ambos os produtos.

De acordo com Zhou Hao, economista-chefe da empresa financeira Guotai Junan International, de Hong Kong, ainda não é possível afirmar que o comércio chinês deixou o pior para trás. “No geral, os números sugerem que, apesar de alguma melhoria marginal, os desafios continuam”, avaliou.

“Olhando para o futuro, para saber se o crescimento do comércio da China já atingiu o ponto mais baixo, será necessário levar em consideração diversos fatores”, acrescentou. “O mais importante é a demanda interna, para a qual o recente relaxamento no setor imobiliário pode proporcionar algum suporte.”

Outras economias asiáticas começam a sinalizar que a situação no comércio exterior pode estar melhorando para elas também. As exportações da Coreia do Sul registraram uma queda de 8,4% em agosto, na comparação ano a ano, contra a redução de 16,4% que havia sido registrada em julho.

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