DestaqueUOL

O presidente Bolsonaro presta dois depoimentos à PF em um único dia. (12 palavras)

No caso das joias, um escândalo envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e sua família está prestes a ser investigado. De acordo com informações divulgadas recentemente, Bolsonaro, sua ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, Mauro Lourena Cid e o advogado Frederick Wassef serão convocados a depor simultaneamente. O objetivo é evitar que eles combinem versões e dificultem a descoberta da verdade sobre o caso.

Diante das suspeitas de delitos em série, tais como venda de presentes, desvio de patrimônio público e ocultação de dinheiro vivo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma medida drástica. Na quarta-feira (23), Moraes proibiu Bolsonaro e Michelle de se comunicarem com o tenente-coronel Mauro Cid, que está atualmente preso. Acredita-se que essa decisão seja uma precaução para evitar que informações sejam combinadas ou manipuladas entre os envolvidos.

Além disso, a análise dos dados armazenados no telefone celular de Mauro Cid revelou indícios de que bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras a Bolsonaro ou agentes públicos a seu serviço, foram desviados e posteriormente ocultados. Essa revelação levou à descoberta de novos fatos e agentes envolvidos no escândalo das joias.

No entanto, horas antes dessa decisão, Bolsonaro admitiu em uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que enviou mensagens falsas ao empresário Meyer Nigri com o intuito de questionar as urnas eletrônicas. Essas mensagens fazem parte de um conjunto mais amplo, que inclui ataques a instituições e uma campanha criminosa contra vacinas. A Polícia Federal já ouviu Bolsonaro sobre a suposta incitação ao crime na pandemia de Covid-19. O estrago causado pelos baixos índices de vacinação no país pode levar anos para ser reparado pelo Ministério da Saúde.

Enquanto as investigações seguem seu curso, na segunda-feira (28), Bolsonaro realizará a posse de novos diretores do PL em Minas Gerais e receberá o título de cidadão mineiro em uma cerimônia na Assembleia Legislativa.

Além disso, o caso também está relacionado a um hacker chamado Walter Delgatti, contratado supostamente pelo tenente-coronel Mauro Cid para invadir urnas eletrônicas. Delgatti afirmou que estava presente em uma conversa entre ele, Cid e Bolsonaro, no Palácio da Alvorada. Essa informação levanta ainda mais questionamentos sobre a participação do presidente no suposto esquema de invasão.

À medida que novos desdobramentos surgem, fica claro que esse escândalo das joias está longe de ser encerrado. A investigação continua e novas informações podem vir à tona, revelando a verdade por trás dos envolvidos e das suas ações ilícitas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo