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Ministro da Fazenda busca apoio do papa para taxação de super-ricos em encontro histórico em Roma, durante visita ao Brasil.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iniciou sua viagem para Roma com o objetivo de buscar apoio para a proposta brasileira de taxar os super-ricos. Nesta terça-feira (4), Haddad se reunirá com o papa Francisco para discutir a iniciativa apresentada pelo Brasil, que está atualmente na presidência do G20, composto pelas 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.

Haddad está em Roma para participar da conferência Enfrentando a Crise da Dívida no Sul Global, co-organizada pela Universidade de Columbia e pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais. Além da audiência com o papa, o ministro pretende apresentar os avanços da presidência brasileira do G20, destacando a taxação de grandes fortunas, a luta contra a crise climática e a crise da dívida nos países do sul global.

A proposta de taxação de até 2% dos rendimentos das grandes fortunas é vista como uma oportunidade para reduzir a desigualdade social e combater os efeitos das mudanças climáticas. Haddad afirmou recentemente que a proposta está ganhando adesão de diversos países e pode se tornar uma recomendação das reformas propostas pela OCDE.

Durante sua estadia em Roma, Haddad também terá uma reunião bilateral com o ministro da Economia da Espanha, Carlos Cuerpo, para discutir oportunidades de cooperação em áreas de interesse mútuo. A Espanha, juntamente com França, Bélgica, Colômbia e União Africana, apoia a proposta de taxação dos super-ricos.

No contexto da conferência sobre a crise da dívida em países pobres, Haddad irá ressaltar o compromisso do Brasil em buscar soluções para os desafios econômicos enfrentados por nações em desenvolvimento. Segundo o FMI, nove dos 68 países de menor renda não conseguem pagar a dívida externa e 51 estão em risco de entrar em moratória.

A necessidade de encontrar soluções para a crise da dívida se tornou ainda mais urgente após a pandemia de covid-19, que agravou a situação econômica de diversos países em desenvolvimento. Haddad busca, com suas ações e propostas, promover a cooperação internacional e enfrentar os desafios financeiros e sociais que afetam as economias globais.

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