
Tragédia de Beslan completa 20 anos
Duas décadas se passaram desde o terrível episódio no ginásio da escola nº. 1, onde os reféns foram mantidos em cativeiro, e hoje as paredes internas de concreto estão cobertas com inscrições lamentando os mortos.
O checheno Nur-Pashi Kulayev foi o único militante suspeito que sobreviveu e foi preso após a morte de seus comparsas durante o conflito para libertar os reféns. Em 2006, ele foi considerado culpado, apesar de alegar inocência, e condenado à prisão perpétua.
Os sobreviventes do ataque acusaram as autoridades de erro no cerco, usando tanques, lança-chamas e lança-granadas enquanto os reféns estavam dentro do ginásio, além de tentarem encobrir o ocorrido nos dias e meses seguintes.
Em 2017, a Corte Europeia de Direitos Humanos julgou que a Rússia agiu com força excessiva ao invadir a escola, resultando na morte de um grande número de reféns. O Kremlin rejeitou as críticas do tribunal.
Vladimir Putin, presidente na época, enfrentou a revolta pública em relação à tragédia de Beslan, que ocorreu logo após o início de seu segundo mandato. Ele caracterizou o evento como um ataque a todo o país, perpetrado por forças externas que buscavam desestabilizar a Rússia.
Neste domingo, Putin não visitou Beslan, mas anteriormente, em 20 de agosto, ele esteve na cidade da Ossétia do Norte e prestou homenagens no memorial da escola.
Esses são os tristes capítulos que marcam os 20 anos da tragédia de Beslan, um evento que deixou marcas na história do país e nas vidas daqueles que sobreviveram ao horror vivido dentro do ginásio da escola.