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No segundo turno, no Equador, haverá uma disputa entre a candidata de esquerda e um empresário liberal.

As eleições no Equador estão prestes a entrar em seu segundo turno, que será disputado entre a candidata de esquerda Luisa González, do partido Revolución Ciudadana, e o empresário liberal Daniel Noboa, do movimento Acción Democrática Nacional. A votação está marcada para o dia 15 de outubro e o resultado será crucial para o futuro político do país.

Até o momento, com 70% da apuração concluída, Luisa González liderava a disputa com 33,1% dos votos. Aliada do ex-presidente Rafael Correa, ela adotou um discurso de união entre os equatorianos para superar a crise institucional e de segurança que assola o país. González ressaltou a importância da paz, do trabalho e da segurança para que o Equador volte a ser um lugar livre para seus cidadãos.

Já Daniel Noboa, filho do magnata e ex-candidato Álvaro Noboa, conquistou 24,1% dos votos e destacou que a eleição oferece uma oportunidade para derrotar o correísmo. Ele ressaltou a importância de um novo projeto político para revolucionar o cenário político do país, enfatizando a renovação trazida por sua candidatura.

Vale destacar que a eleição registrou uma participação recorde de eleitores, com 82,26% dos 13,4 milhões de equatorianos aptos a votar comparecendo às urnas. Esse alto índice de participação reflete a preocupação e o interesse da população equatoriana em escolher seus representantes e garantir um futuro melhor para o país.

No entanto, a eleição também foi marcada por uma profunda crise institucional e de segurança. No dia 9 de agosto, o candidato Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros, elevando a tensão política do país. O decreto de estado de emergência foi implementado e um forte aparato de segurança foi mobilizado para garantir a normalidade da votação.

Durante o pleito, um contingente de 53 mil membros da Polícia Nacional e 45 mil membros das Forças Armadas foram destacados para garantir a segurança dos eleitores e dos candidatos. Um dos candidatos, o jornalista Christian Zurita, substituto de Villavicencio, precisou votar utilizando um colete à prova de balas, capacete e foi protegido por um lençol blindado, devido às ameaças de morte que recebeu nas redes sociais.

A violência foi um tema prioritário nessas eleições, com os equatorianos demonstrando preocupação e esperança de que as coisas possam mudar através do seu voto. Felizmente, segundo a presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), Diana Atamaint, nenhum episódio de violência foi registrado durante o horário de votação.

Agora, os equatorianos aguardam ansiosamente pelo segundo turno das eleições, que promete ser acirrado e definirá o futuro político do país. Será interessante observar como os candidatos irão conquistar o apoio popular e apresentar suas propostas para superar os desafios enfrentados pelo Equador. Certamente, o resultado eleitoral terá um impacto significativo no país nos próximos anos.

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