Em recente declaração, o representante da Fifa, García Silvero, assegurou que a entidade agirá em conformidade com a legislação europeia em todos os casos. Essa afirmação vem após a decisão da justiça europeia em 4 de outubro, que gerou um apelo de jogadores e clubes por um acordo coletivo para regular o mercado de transferências.
Um dos casos em destaque é o do ex-jogador da seleção francesa Lassana Diarra, que foi condenado em 2016 a pagar uma multa milionária por quebra de contrato com seu antigo clube, o Lokomotiv Moscou. De acordo com o regulamento da Fifa, clubes interessados em contratá-lo podem se tornar responsáveis solidários pela multa, o que gerou um debate no Tribunal de Justiça da União Europeia.
A decisão do Tribunal destacou que algumas regras da Fifa sobre transferências internacionais de jogadores são contrárias ao direito europeu e podem impedir a livre circulação dos profissionais. Segundo Pieter Paepe, advogado do sindicato global FIFPRO, é fundamental um acordo coletivo entre jogadores e clubes para regular essas questões, ao invés de uma regulamentação unilateral da Fifa, que é uma entidade de direito privado.
