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Biden pressiona por direito ao aborto em meio a ameaças de proibições estaduais nos EUA em ano de eleições.




Pressão de Biden para incluir direito ao aborto em lei federal ganha destaque nas eleições

O presidente Joe Biden e outros membros do Partido Democrata têm usado o direito ao aborto como um tema central para confrontar os republicanos nas eleições deste ano. Em declaração, Biden afirmou que continuará pressionando o Congresso para inserir o direito ao aborto em uma lei federal. Ele ressaltou que algumas proibições impostas pelos estados incluem casos de estupro ou incesto.

Durante um discurso, Biden destacou as dificuldades enfrentadas por mulheres nos Estados Unidos devido às restrições ao aborto: “Mulheres estão sendo expulsas de salas de emergência, forçadas a recorrer à Justiça para obter cuidados médicos recomendados por seus médicos, ou até mesmo a viajar longas distâncias em busca desses cuidados. Médicos e enfermeiros também estão sofrendo ameaças legais por oferecerem os cuidados de saúde aos quais foram treinados para prestar. A contracepção e a fertilização in vitro (FIV) também estão sendo alvos de ataques”.

A Suprema Corte dos Estados Unidos tem um importante julgamento agendado para o final de junho, que decidirá sobre a legalidade de uma proibição imposta pelo estado republicano de Idaho, que impede a interrupção da gravidez mesmo em casos de emergência médica.

Em 14 estados onde o aborto é proibido com exceções limitadas, médicos estão impedidos por lei estadual de prescrever ou fornecer o medicamento mifepristona. Isso tem levado pacientes a recorrerem à compra dos comprimidos online de fornecedores de outros estados ou até mesmo viajar para fora do território para obtê-los legalmente.

Uma pesquisa realizada pela Reuters/Ipsos em maio revelou que 50% dos entrevistados apoiam a exigência de uma consulta presencial com um médico para obter a medicação abortiva, enquanto 33% são contrários a essa exigência. Cerca de 57% dos entrevistados acreditam que o aborto deveria ser legal em todos ou na maioria dos casos, um aumento em relação aos 46% de uma pesquisa semelhante realizada há uma década. Apenas 31% dos entrevistados são a favor da ilegalidade do aborto em todos ou na maioria dos casos, contra 43% em 2014.

As discussões sobre o direito ao aborto seguem em pauta nos Estados Unidos, com Biden liderando a defesa da legalização e enfrentando a oposição republicana. A batalha política em torno desse tema promete ser intensa nas eleições e pode influenciar decisões importantes para a legislação do país.

(Reportagem de Andrew Chung em Nova York; reportagem adicional de Gabriella Borter e Jim Oliphant)


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