Desertificação na Caatinga: um alerta para a perda da biodiversidade e os impactos das mudanças climáticas

Localizada em uma área que corresponde a 11% do território brasileiro, a Caatinga é um bioma de extrema importância para a biodiversidade do país. No entanto, tem enfrentado sérios problemas relacionados à desertificação, um processo preocupante que está diretamente ligado ao uso inadequado do solo, à exploração desenfreada dos recursos hídricos, ao desmatamento e às mudanças climáticas.
Essa foi a principal discussão durante a audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente (CMA) nesta terça-feira (28), em celebração ao Dia Nacional da Caatinga, comemorado em 28 de abril. O objetivo do encontro foi debater estratégias e ações para conter o avanço da desertificação neste importante bioma brasileiro.
Segundo os especialistas presentes na audiência, a Caatinga é um dos biomas mais ameaçados do país, devido à intensidade das atividades humanas que impactam diretamente seu ecossistema. O desmatamento para a expansão agrícola, a criação de animais e a extração de madeira são apontados como alguns dos principais fatores que contribuem para a degradação ambiental na região.
Além disso, as mudanças climáticas têm agravado ainda mais a situação da Caatinga, tornando-a mais vulnerável aos períodos de seca e alterações bruscas de temperatura. A falta de políticas efetivas de preservação e o uso indiscriminado de recursos naturais têm acelerado o processo de desertificação, comprometendo a sobrevivência da flora e fauna locais.
Diante desse cenário preocupante, a audiência promovida pela CMA busca sensibilizar a sociedade e as autoridades sobre a importância de preservar a Caatinga e implementar medidas que garantam sua sustentabilidade a longo prazo. Ações como o reflorestamento, o manejo sustentável dos recursos naturais e a conscientização da população são fundamentais para reverter o quadro de degradação ambiental na região.