
Juiz determina bloqueio de sites de jogos de azar virtuais
Nesta segunda-feira (9), o juiz Gustavo Henrique Bretas Marzagão, da 35ª Vara Cível de São Paulo, tomou uma decisão importante para combater a proliferação de sites de jogos de azar virtuais. Foram bloqueados 15 sites, incluindo a conhecida farsa do Tigrinho, que promete retornos rápidos aos jogadores. Essa medida, embora louvável, representa apenas um paliativo diante do problema.
Com a regulamentação dos jogos de azar prestes a entrar em vigor, essas plataformas terão a oportunidade de operar legalmente a partir do próximo ano. Muitos estão de olho nas possíveis receitas geradas por esse mercado, ignorando as consequências negativas que a epidemia de jogos de azar já está causando na saúde pública. A situação dos brasileiros endividados e até mesmo dos que chegam ao extremo de cometer suicídio é alarmante e merece mais atenção.
A disseminação dos jogos de azar online é comparada a uma epidemia, que se propaga de forma sorrateira e acessível. O produto é anunciado em horário nobre, patrocina veículos de imprensa e times de futebol, além de contar com o apoio do governo brasileiro. A influência de celebridades que promovem esses jogos, como no caso da Deolane Bezerra, que foi presa por envolvimento em atividades ilegais, agrava ainda mais a situação.
Os comerciais de apostas e jogos de azar pedem para que as pessoas joguem com responsabilidade, mas a realidade é que muitas vezes esses empreendimentos lucram com a compulsividade dos apostadores. Reportagens já relataram casos de trabalhadores endividados e até mesmo de jovens desviando dinheiro de familiares para financiar seus vícios em jogos de azar.
Portanto, é fundamental que órgãos competentes e a sociedade como um todo estejam atentos a essa questão e que medidas mais eficazes sejam adotadas para combater essa epidemia silenciosa que assola tantas famílias brasileiras.