
Revisão de segurança após incidente com Trump
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (14) uma revisão independente dos aspectos de segurança no comício de sábado (13) em que Donald Trump foi alvo de um atentado a tiros.
Biden, adversário de Trump nas eleições presidenciais deste ano, afirmou que a apuração será necessária para “determinar exatamente o que ocorreu” e que as conclusões serão compartilhadas com o público americano.
Em declarações na Casa Branca, Biden determinou ao Serviço Secreto dos EUA uma revisão das medidas de segurança previstas para a Convenção Nacional do Partido Republicano, que começa nesta segunda (15) na cidade de Milwaukee, no estado de Wisconsin.
“Eu tenho sido consistente nas minhas orientações ao Serviço Secreto para dar a ele [Trump] todos os recursos, capacidades e medidas de proteção necessárias para garantir a continuidade da sua segurança”, declarou Biden.
As medidas listadas pelo presidente ocorrem em um momento em que o Serviço Secreto enfrenta questionamentos por falhas na segurança que permitiram os disparos contra Trump.
O Serviço Secreto era responsável pela avaliação prévia de segurança, organização do esquema e supervisão da área, coordenando outras agências, como as polícias estadual e local.
No comício na Pensilvânia, um atirador disparou contra Trump, que foi ferido na orelha. Ele foi evacuado do palco por agentes de segurança, mas antes de deixar o local ergueu o punho e gritou a seus apoiadores: “lutem, lutem”. O ex-presidente dos EUA passa bem.
O atirador, Thomas Matthew Crooks, foi morto no local. Um participante do comício, de 50 anos, também morreu, enquanto outras duas pessoas ficaram gravemente feridas. A campanha de reeleição de Biden mudou rapidamente sua estratégia após o incidente, substituindo críticas e ataques por uma mensagem de união.
Biden ressaltou a importância da união nacional e condenou a violência política, pedindo ao público que evite especular sobre os motivos do atirador. Ele também solicitou que o FBI conduza a investigação sem interferências.
O presidente americano fará um novo pronunciamento neste domingo, reforçando que “não há lugar na América para esse tipo de violência”. Ele enfatizou que uma tentativa de assassinato vai contra os valores do país.