Tupinambás celebram reencontro com manto sagrado ancestral no Museu Nacional após séculos de separação impostos por colonizadores.

A líder dos Tupinambá de Olivença, cacica Jamopoty, compartilhou detalhes desse reencontro em uma entrevista exclusiva à Agência Brasil. Segundo ela, o momento de se conectar com o manto sagrado foi muito emocionante e representou uma força ancestral que uniu o povo tupinambá, que por muito tempo foi silenciado e considerado extinto. A presença do manto mostrou que a história e a cultura desse povo jamais foram apagadas, apesar das tentativas colonizadoras.
Desde a chegada do manto ao Brasil, em julho deste ano, os indígenas expressaram críticas em relação à recepção do artefato, desejando participar mais ativamente do processo. No entanto, segundo Jamopoty, as questões do passado foram superadas. Atualmente, os tupinambás estão gratos pela forma como o Museu Nacional tem cuidado do manto sagrado, porém estão em diálogo com as autoridades para garantir um acesso frequente ao artefato e para que as futuras gerações compreendam a importância desse símbolo para o povo tupinambá.
A cacica ressaltou a importância de criar protocolos e garantir que o manto sagrado esteja sempre próximo do povo indígena, transmitindo sua história e significado às gerações futuras. O reencontro do povo tupinambá com seu patrimônio ancestral representa não apenas a reconexão com suas raízes, mas também a valorização e preservação de sua cultura e memória.