Na noite desta segunda-feira (7), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) anunciou seu apoio a Guilherme Boulos (PSOL) na disputa do segundo turno da eleição em São Paulo. O aceno era esperado, uma vez que Boulos é o candidato apoiado pelo presidente Lula na capital paulista.

Os dois agora aliados, no entanto, já tiveram fortes atritos no passado. Alckmin, que por muitos anos esteve no PSDB, e Boulos atuaram em campos políticos distintos, trocando críticas e acusações.

O histórico conturbado entre o ex-tucano e Boulos inclui episódios como a desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), onde o MTST atuava, e críticas de Boulos aos escândalos de corrupção no governo de São Paulo durante a gestão de Alckmin.

Em entrevista recente, Boulos comentou sobre os apoios que tem recebido e afirmou que diante do cenário político atual, as divergências do passado ficam em segundo plano frente à necessidade de união contra setores de extrema-direita.

Nem amarrado

Quando questionado sobre Alckmin em uma entrevista, Boulos se recusou a elogiar o então aliado, demonstrando que a parceria não era exatamente algo que o entusiasmasse.

Merenda

Boulos, durante a eleição de 2018, reiterou diversas vezes questionamentos sobre o caso da merenda escolar em São Paulo, envolvendo suspeitas de desvios de verba. Esse foi um dos pontos de atrito entre ele e Alckmin.

Invasor

A acusação de invasão feita a Boulos, tanto nas eleições municipais quanto no pleito presidencial de 2018, foi tema de embate entre os dois políticos. Alckmin utilizou esse argumento em sua campanha.

Santo

Boulos ironizou Alckmin ao chamá-lo de “Santo”, referindo-se a supostas delações que utilizavam esse codinome para se referir ao político tucano em casos de corrupção.

Trensalão

O escândalo conhecido como “Trensalão” foi um dos temas recorrentes nas críticas de Boulos a Alckmin, que envolvia suspeitas de corrupção no governo paulista.