Presidente do Banco Central propõe combate a contas fantasmas e de aluguel para coibir crimes no PIX.

Ele ressaltou a necessidade de as instituições financeiras aprimorarem o controle na abertura de novas contas, dificultando a atuação de laranjas. O próprio presidente do BC testou a fragilidade do sistema bancário ao abrir uma conta e constatou a facilidade de manipular os requisitos de segurança.
Entre os principais desafios, Campos Neto apontou a existência de muitas contas fantasmas e laranjas, o que demanda uma melhoria significativa no processo de abertura de contas. Ele revelou que chegou a diminuir a qualidade de uma foto e ainda assim conseguiu abrir uma conta bancária, demonstrando a falta de rigidez no sistema atual.
De acordo com dados de dezembro de 2022 do próprio BC, o PIX conta com a participação de 133 milhões de pessoas e 11,9 milhões de empresas no Brasil. Além disso, o valor médio das transações entre pessoas físicas foi de R$ 257.
A preocupação com a segurança dos usuários tem sido uma constante para o Banco Central. O PIX, sistema de pagamento instantâneo criado para agilizar transferências e pagamentos, tem sido alvo de ataques e golpes de criminosos. O combate às contas fantasmas e de aluguel é uma das principais estratégias para combater essas práticas ilegais.
Campos Neto destacou que a identificação e rastreamento dos valores transferidos através do PIX seriam mais efetivos se os criminosos não tivessem contas intermediárias para receber o dinheiro extorquido. Por isso, é essencial fortalecer os mecanismos de controle na abertura de contas bancárias, dificultando o acesso de laranjas e criminosos.
O Banco Central está empenhado em garantir uma maior segurança para os usuários do PIX e tem trabalhado em parceria com as instituições financeiras para aperfeiçoar os processos de abertura de contas e identificação de operações suspeitas. A implementação de medidas mais rigorosas é fundamental para coibir práticas criminosas e garantir a integridade do sistema financeiro.