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Inflação de 0,56% em dezembro fecha 2023 com alta de 4,62% no IPCA, impactado por alimentos e passagens aéreas

Em dezembro de 2023, a inflação no Brasil registrou alta de 0,56%, impulsionada principalmente pelo aumento nos preços de alimentos e produtos alimentícios. Com isso, o IPCA fechou o ano com uma alta acumulada de 4,62%, dentro do intervalo da meta da inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,25%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, estabelecendo um intervalo entre 1,75% e 4,75%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os nove grupos de produtos e serviços analisados pela pesquisa registraram alta em dezembro, com destaque para o grupo de alimentação e bebidas, que teve um aumento de 1,11%, impulsionado pelos preços da batata-inglesa, feijão-carioca, arroz e frutas. A alimentação no domicílio subiu 1,34%, enquanto o preço do leite longa vida caiu pelo sétimo mês consecutivo.

Segundo André Almeida, gerente do IPCA, o aumento da temperatura e o aumento no volume de chuvas em várias regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente os alimentos in natura, que são mais sensíveis a essas variações climáticas. Além disso, o clima desfavorável impactou a produção de arroz, enquanto a redução da área plantada e o aumento do custo de fertilizantes influenciaram no aumento do preço do feijão.

No grupo de transporte, as passagens aéreas continuaram subindo, representando o maior impacto individual sobre a inflação do país, enquanto os combustíveis apresentaram deflação. Em habitação, os destaques foram as altas da energia elétrica residencial, da taxa de água e esgoto e do gás encanado.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta de 0,55% em dezembro, acumulando um aumento de 3,71% no ano, abaixo do registrado no ano anterior, principalmente devido ao maior peso do grupo de alimentação e bebidas. No último mês de 2023, os preços dos produtos alimentícios aceleraram, enquanto os não alimentícios também registraram variações maiores.

Assim, a inflação em 2023, apesar de fechar dentro do intervalo da meta estabelecida pelo CMN, teve como principais impulsionadores os aumentos nos preços de alimentos e produtos alimentícios, refletindo as condições climáticas adversas e demais variáveis do mercado.

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