Inflação de 0,56% em dezembro fecha 2023 com alta de 4,62% no IPCA, impactado por alimentos e passagens aéreas

Os nove grupos de produtos e serviços analisados pela pesquisa registraram alta em dezembro, com destaque para o grupo de alimentação e bebidas, que teve um aumento de 1,11%, impulsionado pelos preços da batata-inglesa, feijão-carioca, arroz e frutas. A alimentação no domicílio subiu 1,34%, enquanto o preço do leite longa vida caiu pelo sétimo mês consecutivo.
Segundo André Almeida, gerente do IPCA, o aumento da temperatura e o aumento no volume de chuvas em várias regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente os alimentos in natura, que são mais sensíveis a essas variações climáticas. Além disso, o clima desfavorável impactou a produção de arroz, enquanto a redução da área plantada e o aumento do custo de fertilizantes influenciaram no aumento do preço do feijão.
No grupo de transporte, as passagens aéreas continuaram subindo, representando o maior impacto individual sobre a inflação do país, enquanto os combustíveis apresentaram deflação. Em habitação, os destaques foram as altas da energia elétrica residencial, da taxa de água e esgoto e do gás encanado.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta de 0,55% em dezembro, acumulando um aumento de 3,71% no ano, abaixo do registrado no ano anterior, principalmente devido ao maior peso do grupo de alimentação e bebidas. No último mês de 2023, os preços dos produtos alimentícios aceleraram, enquanto os não alimentícios também registraram variações maiores.
Assim, a inflação em 2023, apesar de fechar dentro do intervalo da meta estabelecida pelo CMN, teve como principais impulsionadores os aumentos nos preços de alimentos e produtos alimentícios, refletindo as condições climáticas adversas e demais variáveis do mercado.