Mercado fonográfico brasileiro registra faturamento de R$ 1,2 bilhão no primeiro semestre de 2023, impulsionado pelo streaming.

A principal responsável por impulsionar esse crescimento foi a transmissão pela internet de áudio e vídeo, também conhecida como streaming, que alcançou uma receita de R$ 1,181 bilhão. Essa modalidade de consumo de música representou 99,2% do faturamento total do mercado fonográfico brasileiro no período avaliado. O streaming apresentou um crescimento de 12,4% em relação ao primeiro semestre de 2022.
As receitas provenientes de assinaturas em plataformas digitais somaram R$ 775 milhões, um aumento de 17,8%. Já o faturamento gerado pelo streaming remunerado por publicidade foi de R$ 406 milhões, com um aumento de 3,2% em relação ao ano anterior.
Por outro lado, as vendas no formato físico tiveram um faturamento de apenas R$ 8 milhões, representando apenas 0,6% do total da indústria fonográfica brasileira no período avaliado. No entanto, dentro desse formato, os discos de vinil foram os mais comercializados, alcançando a marca de R$ 5 milhões em faturamento, seguidos pela venda de CDs, que atingiram R$ 3 milhões.
Além disso, receitas digitais provenientes de download e personalização de telefonia móvel representaram apenas 0,2% do total de receitas físicas e digitais, totalizando R$ 2 milhões no período.
Segundo o presidente da Pro-Música Brasil, Paulo Rosa, é crucial que os produtores fonográficos continuem investindo no desenvolvimento artístico e na descoberta de novos talentos musicais, além da produção, marketing e promoção da música e dos artistas. Rosa ressalta que a quase totalidade dos royalties recebidos pelos artistas e compositores musicais provém do streaming, tanto no Brasil como no exterior. No mercado nacional, as plataformas de streaming são dominadas pelo repertório nacional, com apenas uma música internacional fazendo parte das 50 mais ouvidas.
A Pro-Música Brasil, anteriormente conhecida como Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), representa os interesses dos produtores fonográficos e promove o mercado da música gravada em diversos formatos. Além de coletar dados e estatísticas sobre o mercado fonográfico brasileiro, a Pro-Música Brasil também emite certificados de venda e prepara gráficos de dados oficiais de streaming a partir das informações fornecidas por plataformas como Spotify, Apple Music, Napster, Deezer, Amazon Music e Youtube.
Assim, esse levantamento reforça o crescimento saudável e sustentável do mercado fonográfico brasileiro, com as gravadoras e distribuidoras apostando no futuro do negócio no Brasil, beneficiando toda a cadeia produtiva da música gravada.