Senador Eduardo Girão denuncia reuniões entre Ministérios e integrantes do crime organizado em pronunciamento no Plenário.

Na tarde desta terça-feira (14), durante pronunciamento no Plenário, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) levantou graves denúncias envolvendo possíveis reuniões entre integrantes do crime organizado e representantes dos Ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos. Girão informou que apresentou um requerimento solicitando esclarecimentos acerca de uma suposta reunião entre o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e Luciane Barbosa de Farias, esposa de Clemilson dos Santos, líder da facção criminosa Comando Vermelho no Amazonas.
Segundo o senador, Luciane, conhecida como a “Dama do Tráfico Amazonense”, teria participado de duas reuniões na sede da pasta da Justiça e Segurança Pública, o que levantou sérias suspeitas. O parlamentar citou reportagens dos jornais O Estado de S.Paulo, Estadão e Gazeta do Povo, que apontaram documentos apreendidos pela Polícia Civil do estado do Amazonas mostrando pagamentos a uma advogada para intermediar uma reunião da líder do Comando Vermelho com representantes do Ministério da Justiça.
Além disso, Girão destacou que o senador Jorge Seif (PL-SC) apresentou um requerimento para que o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, esclareça o motivo das reuniões com Luciane. O senador também fez menção a outros casos, como a proibição, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da divulgação de vídeos onde líderes do tráfico de drogas estariam comemorando a vitória de Lula nas prisões de segurança máxima.
Diante desses escândalos, Girão afirmou que estão sendo tomadas providências urgentes. Requerimentos oficiais de informações foram enviados aos Ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos. O senador ressaltou a gravidade das denúncias e comparou a situação do Brasil com a da Venezuela, que se tornou um “narcoestado”. Ele enfatizou que não deseja esse mesmo caminho para as futuras gerações do país.
Além das ações já realizadas, Girão informou que está sendo proposto um projeto de lei similar ao apresentado pelo Partido Novo na Câmara dos Deputados. Essa medida visa incluir a não publicação de agenda e compromissos de ocupantes de cargos executivos como um ato de improbidade administrativa. O senador também comunicou o início de uma coleta de assinaturas para a instalação de uma CPI para investigar o crime organizado no Brasil.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)