
O empresário Thiago Brennand, 43, foi transferido para o Complexo Penitenciário de Tremembé, no interior de São Paulo, no dia 26 de junho. Após passar por um período de isolamento, agora ele está em convívio com os demais presos.
Segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária, Brennand encerrou o regime de observação na sexta-feira (5) e está atualmente em uma cela do pavilhão habitacional. Antes de Tremembé, ele estava detido preventivamente no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
A transferência para Tremembé foi solicitada pela defesa de Brennand e autorizada pela Justiça. Conhecido como o “presídio dos famosos”, o local abriga figuras públicas que correm risco em outras penitenciárias por conta da exposição midiática que receberam.
Já passaram ou estão atualmente no Complexo de Tremembé nomes como o ex-jogador Robinho, Fernando Sastre, Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Gil Rugai, o médico Roger Abdelmassih e Ronnie Lessa, acusado pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista.
Thiago Brennand acumula três condenações que totalizam 20 anos e dois meses de prisão em regime fechado, por crimes sexuais e agressão física. A mais recente, em janeiro, foi por estupro com pena de oito anos de reclusão. O empresário nega as acusações feitas por uma massoterapeuta, que denunciou o crime sexual em março de 2022.
No total, Brennand responde a nove processos criminais, sendo condenado em três e fazendo acordo em outros dois. Suas condenações anteriores incluem estupro de uma mulher americana em Porto Feliz e agressão a Alliny Helena Gomes, modelo agredida em uma academia na capital paulista.
ENTENDA O CASO
Thiago Brennand ganhou notoriedade após um vídeo em que agredia a modelo Alliny Helena Gomes ser divulgado pela TV Globo. Após a repercussão, diversas mulheres o denunciaram por violência sexual, incluindo estupro. O empresário sempre negou as acusações feitas por elas.
Em setembro de 2022, Brennand viajou para os Emirados Árabes Unidos pouco antes de ser denunciado pelo Ministério Público. Ele foi extraditado de volta ao Brasil em abril do ano seguinte.