
Em Belo Horizonte, um ato está sendo preparado para manifestações políticas. Incialmente planejado para acontecer no dia 7 de Setembro, na cidade que é o berço político de Pacheco, a mudança de planos levou o evento para São Paulo. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), figura de destaque na oposição, convocou pessoas para participarem do protesto.
Ao mudar de local, o tom dos discursos contra o ministro Moraes aumentou, mesmo poupando Pacheco. Durante um ato realizado em fevereiro, Jair Bolsonaro pediu anistia e sugeriu um acordão, enquanto dessa vez os discursos se tornaram mais hostis em relação ao Supremo Tribunal Federal. Parlamentares foram orientados a não levar cartazes ou hostilizar o Judiciário.
No último sábado, Bolsonaro chamou o ministro de ditador. Os cartazes voltaram a marcar presença na Avenida Paulista e o clima beligerante contra o STF foi o ponto central dos discursos. Mesmo com a tradicional rivalidade entre Bolsonaro e Lula, o foco das críticas se voltou para Moraes.
A participação popular nos atos bolsonaristas apresentou queda, revelando outra mudança no cenário político. A Universidade de São Paulo informou que, no ápice da manifestação, cerca de 45 mil pessoas estavam presentes na Avenida Paulista, quatro vezes menos do que no ato de fevereiro. Essa baixa adesão pode amenizar a pressão sobre Pacheco.
O presidente do Senado mostra ambições eleitorais para 2026, porém a força da direita nas ruas e nas redes sociais pode atrapalhar seus planos. Pacheco almeja ser o próximo governador de Minas Gerais, estado que mostrou divisão no segundo turno das eleições presidenciais.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE), responsável por coordenar a mobilização pelo impeachment de Moraes, ressalta que o incômodo com o ministro ultrapassou os limites da direita. Ele destaca medidas que impactaram a população, como o bloqueio do X, prisões de condenados no 8 de Janeiro e a morte de um manifestante na cadeia.