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Comissão de Relações Exteriores convoca autoridades brasileiras para esclarecer crise na eleição presidencial da Venezuela.

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realizou nesta quinta-feira (8) uma importante reunião para discutir a crise envolvendo a eleição presidencial na Venezuela. Durante o encontro, foram aprovados requerimentos de convite para ouvir dois importantes representantes do governo brasileiro: Celso Amorim, assessor-chefe especial da Presidência da República, e Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores.

A crise na Venezuela teve início após a eleição presidencial realizada em 28 de julho, na qual Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato com 51,95% dos votos, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano. No entanto, a oposição contestou os resultados e alegou ter vencido a disputa.

A situação ganhou repercussão internacional, com a Organização dos Estados Americanos (OEA), os Estados Unidos e a União Europeia se recusando a reconhecer a reeleição de Maduro e exigindo a divulgação das atas eleitorais. O Brasil, juntamente com México e Colômbia, também pressiona o governo venezuelano nesse sentido.

Diante desse cenário delicado, a senadora Tereza Cristina propôs o requerimento de convite para Celso Amorim, que acompanhou as eleições na Venezuela em missão oficial. Segundo a parlamentar, é fundamental que o representante do governo preste esclarecimentos sobre suas ações e garanta que estejam alinhadas com os interesses nacionais e os princípios democráticos.

Já o senador Ciro Nogueira sugeriu o convite para Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, devido às suspeitas de fraude no pleito presidencial venezuelano. Ele criticou o silêncio do Brasil diante das denúncias de irregularidades e destacou a importância de esclarecer a posição do governo brasileiro sobre o assunto.

A CRE, presidida pelo senador Renan Calheiros, é composta por 19 senadores titulares e 19 suplentes e desempenha um papel fundamental nas discussões e decisões relacionadas à política externa do Brasil. Agora, aguarda-se a presença de Celso Amorim e Mauro Vieira para esclarecerem os acontecimentos e posicionar o país diante da crise na Venezuela.

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