Deputada Carla Zambelli nega acusações de invasão no CNJ e atribui ação a invasão de celular: “Mais uma brincadeira”

A parlamentar, que já enfrenta um processo no STF por causa de uma arma, questionou as acusações: “Esse mandado está para mais uma brincadeira do que uma coisa séria. Por que eu faria isso? Já respondo a processo no STF por causa da arma e não tinha por que me envolver em uma questão dessa.” Ela também alegou não se recordar de ter recebido o mandado falso e sugeriu que seu celular possa ter sido alvo de invasão.
Por outro lado, Walter Delgatti, conhecido como hacker de Araraquara, reafirmou as acusações contra Zambelli durante seu depoimento. Segundo o hacker, a invasão do sistema eletrônico do CNJ teria sido solicitada pela própria deputada. Além disso, Delgatti afirmou ter tido um encontro no Palácio da Alvorada com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teria pedido para que assumisse a autoria de um suposto grampo no celular do ministro Alexandre de Moraes.
Em decorrência da citação do nome de Bolsonaro no caso, Delgatti foi processado e condenado a dez meses de prisão por crime de injúria. Além disso, o hacker já foi condenado em primeira instância no âmbito da Operação Spoofing, que investigou a invasão aos celulares de autoridades, incluindo procuradores e juízes da Lava Jato.
As acusações e negações apresentadas durante os depoimentos ao STF continuam a gerar repercussão e levantam questionamentos sobre a suposta participação da deputada Carla Zambelli e do hacker Walter Delgatti na invasão do sistema eletrônico do CNJ. O desenrolar do processo judicial será acompanhado de perto pela sociedade e pela imprensa, a fim de esclarecer os fatos e responsabilidades dos envolvidos.