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A Junta Militar do Níger acusa o ex-presidente Bazoum de ‘alta traição’ e inicia processo legal.

A promotoria de Paris abriu um inquérito sobre as mortes de pelo menos seis migrantes, cujo barco em que viajavam afundou ao tentar cruzar o Canal da Mancha, entre a França e a Inglaterra. A polícia está em busca dos “coiotes” – como são informalmente chamados os organizadores dessas travessias ilegais – responsáveis pelo traslado. Em um rio da região, uma barreira de boias foi instalada para atrapalhar a passagem de barcos suspeitos.

A prefeitura de Pas-de-Calais, onde se concentram os migrantes que querem partir para o Reino Unido, adotou um novo dispositivo para lutar contra as travessias ilegais. Trata-se de uma barreira de boias amarelas, retidas por blocos de cimento em um rio que vai para o estuário e praias. O objetivo é impedir a passagem de barcos-táxi que passam pelo rio Canches para chegar ao litoral, onde embarcam os refugiados.

Os promotores do porto de Boulogne-sur-Mer abriram uma investigação no sábado, horas depois da tragédia, mas a investigação foi transferida para Paris, disseram autoridades de ambos os escritórios à agência AFP.

Seis afegãos morreram quando um barco de migrantes que levava 66 pessoas com destino à Inglaterra afundou no Canal da Mancha na madrugada de sábado. A maioria das pessoas a bordo era afegãs, além de alguns sudaneses “e alguns menores”, disse a autoridade costeira francesa Premar. As guardas costeiras britânica e francesa resgataram 59 pessoas, mas o número de mortos permanece provisório.

Embora a busca no mar tenha sido cancelada na noite de sábado, os navios que passavam pelo Canal no domingo receberam a recomendação de ficar vigilantes.

No sábado, o secretário de Estado da França para assuntos marítimos, Herv Berville, denunciou os “traficantes criminosos” por trás das mortes, prometendo combater as redes de contrabando.

No domingo, cerca de 200 pessoas reuniram-se em Calais, no porto, para prestar homenagem às vítimas. Eles marcharam atrás de uma grande faixa com os nomes dos 376 migrantes que, segundo ativistas, morreram tentando a perigosa travessia do Canal da Mancha, desde 1999. O comunicado do “Decès” (Morte), uma aliança de associações que organiza o enterro ou o repatriamento das vítimas das travessias, denunciava o governo por assediar continuamente os migrantes e negar-lhes direitos básicos.

O canal entre a França e a Grã-Bretanha é uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo, e fortes correntes são comuns. Cerca de 1.000 migrantes estão na costa norte da França esperando por uma oportunidade de cruzar o Canal da Mancha, segundo as autoridades. Mais de 100.000 migrantes cruzaram o Canal da Mancha em pequenos barcos da França para o sudeste da Inglaterra desde que a Grã-Bretanha começou a registrar publicamente as chegadas em 2018, revelaram dados oficiais na sexta-feira.

As autoridades francesas intensificaram as patrulhas e outras medidas de dissuasão depois que Londres concordou, em março, em enviar a Paris ajuda de milhões de euros anualmente pelo esforço. A questão dos migrantes aumenta a pressão sobre o governo do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, antes das eleições gerais marcadas para o ano que vem. No ano passado, um recorde de 45.000 migrantes fizeram a travessia.

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