
Um estudo realizado pelo Instituto Potsdam para Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK) revelou uma preocupante constatação: o mundo pode ter ultrapassado sete dos nove limites planetários que podem desencadear catástrofes ambientais irreversíveis. Especialistas alertam que o aquecimento global desempenha um papel significativo nesse cenário alarmante.
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Isso significa que, se não houver um controle efetivo no aumento da temperatura global, eventos como colapsos de ecossistemas e desastres climáticos extremos podem se tornar mais frequentes e devastadores (saiba mais abaixo).
O estudo, conduzido por pesquisadores que analisaram os processos essenciais para a manutenção do equilíbrio ambiental na Terra, identificou sete desses processos que já ultrapassaram níveis considerados seguros ou estão próximos de ultrapassar, relacionados aos seguintes tópicos:
- Mudanças no uso da terra do planeta: relacionado ao desmatamento e à conversão de ecossistemas naturais em áreas agrícolas ou urbanas, gerando destruição de habitats e impactos na regulação climática.
- Mudanças climáticas: ligado ao aumento da temperatura decorrente da poluição por gases do efeito estufa, com consequências graves para o planeta.
- Biodiversidade: envolvendo a extinção de espécies devido à degradação de habitats naturais e à exploração excessiva de recursos.
- Ciclo do nitrogênio e fósforo: relacionado ao uso excessivo de fertilizantes que prejudicam a qualidade da água e afetam os ecossistemas aquáticos.
- Uso de água doce: com a crescente demanda por água em várias regiões, chegando a níveis críticos.
- Poluição química por compostos como microplásticos: com um acúmulo de produtos tóxicos no ambiente, representando uma ameaça à saúde humana e à biodiversidade.
- Acidificação dos oceanos: devido ao aumento de CO₂ na atmosfera, prejudicando a vida marinha e os recifes de corais.
Os dois processos que ainda não estão próximos de ultrapassar os limites críticos são:
- Aerossóis na atmosfera: evidenciando o aumento de partículas suspensas no ar, que alteram padrões climáticos regionais e afetam a saúde humana.
- Camada de ozônio: cuja degradação já estava em progresso, mas ações internacionais contribuíram para protegê-la.
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